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Seca do Rio Acre ainda não compromete abastecimento

Há mais de 1 mês, a seca do Rio Acre vem afetando o Estado. A estiagem é comum durante os meses de agosto e setembro. Apesar das chuvas registradas na Capital e no interior, o nível do rio está muito baixo, marcando 1,98m, de acordo com a medição realizada ontem, pela Defesa Civil Estadual.

Na última semana, o governador Tião Viana decretou situação de emergência nos 9 municípios (Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Senador Guiomard, Bujari, Porto Acre e Rio Branco) que captam água da mesma bacia. A medida foi tomada apenas como alerta no caso da situação se tornar mais grave, ou seja, o nível do rio baixar mais ainda.

O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) está trabalhando para não deixar a população sem água, explicou Felismar Mesquita, superintendente do órgão. “Apesar da baixa no rio, o abastecimento de água continua normal. Fizemos algumas intervenções na forma de captação para não sofrermos nenhuma alteração. Hoje, estamos com a capacidade de 1.663 litros por segundo para a Capital, que está com total cobertura. Continuamos com os programas de 24h tanto no Segundo Distrito como no setor Calafate”.

O superintendente afirmou que não há risco de desabastecimento. “Embora a gente espere que o rio baixe mais, só existirá possibilidade de racionamento ou colapso se o nível estiver abaixo de 1 metro. Até o presente momento, nenhum estudo aponta isso e nunca houve uma medida desta. Todas as providências que tomamos até o presente momento foram para que possamos passar este período de estiagem sem nenhum evento danoso para a distribuição”.

Há previsões de que o nível do rio continue baixando. “Estamos executando um plano de ação para manter o abastecimento de todas as cidades. Todos os municípios estão com o abastecimento integral normalizado e esperamos que, com a chuva, o nível do rio suba. Em relação ao ano passado, o nível do rio está acima. A nossa previsão é que o rio chegue ao mínimo 1,60m. No ano passado, chegou a 1,50 m”, afirmou Felismar.

A população deve evitar o desperdício e ter consciência da situação atual em que o rio vive, pediu Felismar. “Independente da relação da seca, é importante que a sociedade ajude colocando boias em suas caixas d´água, monitorando a ‘vazão’ de água domiciliar e nos informando onde há vazamento na rede pública. Ligando no 0800-647-0195, nossas equipes estarão de prontidão para combater este vazamento. A água é um líquido caro e essa é a época em que mais precisamos dela”, finalizou.

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