A partir das 08 até às 21 horas de amanhã acontece a votação do segundo turno para a escolha do novo reitor da Universidade Federal do Acre. A disputa está entre os candidatos Minoru Kinpara, que no primeiro turno alcançou 35,74% dos votos e Jonas Filho, ex reitor da instituição e que alcançou o 2º lugar na votação, com 25,20%.
Segundo Isla Mansour, presidente da comissão eleitoral, houve apenas uma pequena modificação no modelo da votação. “A eleição vai acontecer nos mesmos moldes do primeiro turno. Será o mesmo número de votantes. Todos os alunos, servidores técnicos e professores podem vir votar, independente de terem votados no primeiro. Agora é o momento decisivo da eleição e é importante que todos participem. A única diferença é que as urnas dos dicentes, que estavam espalhadas nos blocos foram transferidas para um único bloco, que será o multidiciplinar, onde existem 10 salas as quais funcionarão cada seção”.
No primeiro turno, um grupo de estudantes realizou um manifesto durante a votação. A presidente da comissão que estão preparados para qualquer tipo de movimentação. “Acreditamos que agora não haja outra manifestação. De fato o primeiro turno já aconteceu e estamos concluindo um processo. Entretando, a administração está ciente de que é um evento importante e todos os meios para assegurar o processo eleitoral de forma pacífica e tranquila já foram providenciados”.
Após a eleição, um relatório será feito e a lista tríplice será composta e encaminhada, dentro do prazo estabelecido, à presidência da república. “O colégio eleitoral irá definir uma lista tríplice, colocando em primeiro lugar aquela pessoa que foi escolhida pela comunidade universitária. A lista será encaminhada para o Ministério da Educação e a presidente da república nomeará para um mandato de quatro anos a partir do mês de novembro”, concluiu Isla.
Candidatos a reitor explicam propostas
ITAAN ARRUDA
A disputa do segundo turno das eleições para reitor da Universidade Federal do Acre chega ao fim hoje. O jornal A Gazeta acionou os candidatos e suas assessorias para auxiliar a comunidade acadêmica a compreender melhor as propostas de trabalho que cada um tem para administrar a principal instituição de pesquisa do Acre.
MINORU KIMPARA
1) Quais problemas prioritários devem ser resolvidos pelo próximo reitor?
Minoru – Os problemas emergenciais universidade são, dentre outros, descentralização das atividades administrativas; humanização das relações interpessoais e dos ambientes dentro da universidade (incluindo a climatização das salas de aula), garantindo condições dignas de trabalho com valorização dos servidores e alunos, saúde e qualidade de vida; afirmação de uma identidade amazônica, transformando a UFAC em uma instituição de referência em ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão; qualificação e formação continuada de professores e técnico-administrativos.
2) De que forma a tríade ensino/pesquisa/extensão pode melhorar na produtividade e eficiência?
Minoru – A integração entre os três eixos é um princípio orientador da qualidade da produção universitária. Afirma como necessária a tridimensio-nalidade do fazer universitário autônomo, competente e ético. O ensino anda de mãos dadas com a pesquisa constituindo-se na prática científica. É isso que constrói e afirma o conhecimento científico docente e discente. A extensão é o dever responsável para a difusão científica e tecnológica, atuando como elo entre a Universidade e a sociedade. A produtividade técnico-científica é uma consequência da relação indissociável desta tríade.
3) Parcerias com governos (estadual e federal) e iniciativa privada podem melhorar o volume e a qualidade da pesquisa acadêmica?
Minoru – Parcerias são de grande importância na atualidade, porque têm sido fonte de captação de recursos para pesquisas básicas e aplicadas, além das universidades terem a oportunidade de produzir pesquisas de ponta, pesquisadores mais capacitados, gerar ensino associado a projetos de alta tecnologia e elevar participação no desenvolvimento. Também possuem muitas vantagens, principalmente relacionadas com a inovação tecnológica a menores custos, acesso a laboratórios e bibliotecas, entre outros.
JONAS FILHO
1) Quais problemas prioritários devem ser resolvidos pelo próximo reitor?
Jonas – Assumimos a Ufac em 2000 com um enorme desafio pela frente. Um quadro com cerca de 260 docentes dos quais menos de 10% possuíam título de doutor, apenas um mestrado institucional, cerca de 400 técnicos administrativos, aproximadamente 2.500 discentes distribuídos em 20 cursos de gra-duação e uma grande demanda social reprimida em relação a criação de novos cursos de graduação é pós-graduação. Depois de oito anos, com a ajuda e o esforço de toda comunidade, entregamos a Universidade com 43 cursos de graduação, 5 programas de mestrados institucionais, cerca de 500 docentes e um considerável aumento no número de técnico-administrativos. Implantamos um novo Campus em Cruzeiro do Sul que foi referência nacional tendo feito parte do portifólio do Ministério da Educação.
2) De que forma a tríade ensino/pesquisa/extensão pode melhorar na produtividade e eficiência?
Jonas – Sem perder de foco a visão do conhecimento universal, teremos que redimensionar os alcances de nossas ações de Ensino, Pesquisa e Extensão e adequá-las respeitando a vocação regional. Entretanto, sem perder de vista nenhuma das ações hoje em andamento. Tornar-se referência será conse-quência de sua capacidade de realização.
3) Parcerias com governos (estadual e federal) e iniciativa privada podem melhorar o volume e a qualidade da pesquisa acadêmica?
Jonas – Em parceria com o Governo do Estado, fizemos um dos maiores programas de formação de professores no Brasil, qualificando milhares de professores da rede de ensino. Outra vitória foi à implantação do curso de medicina, a qual foi ao encontro do anseio da população do Acre. Iremos, portanto, manter com todas as instituições um diálogo aberto na busca das parcerias sempre se pautando na defesa da ética e sempre respeitando as decisões dos órgãos internos da instituição.