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Acusado de abusar sexualmente de enteada e manter família em cárcere privado é preso no Quinari

Foram 10 anos de angústia e sofrimento, vivendo refém do medo e da violência.

 Albertina Bezerra de Souza, 37 anos, disse que esse era o dia mais feliz de sua vida. Seu então companheiro, Manoel Ferreira de Lima, 35 anos, foi preso pela polícia e a família enfim estava livre.

 Segundo Albertina, Manoel abusava sexualmente de sua enteada desde os 10 anos dela, hoje com 14 anos. Além dos abusos sexuais sofridos pela filha, Albertina disse que era espancada quase que diariamente e ainda vivia sob constante ameaça de morte e tortura psicológica. “Ele dizia que se eu falasse alguma coisa, mataria minha família e meus filhos. Fiquei calada esse tempo todo para defender minha família”, disse Albertina.

 Depois da denúncia, a Polícia Civil em parceria com a Policia Militar passaram cerca de uma semana investigando e depois da conclusão das investigações, o delegado Ricardo Casas solicitou o mandado de busca e apreensão na residência e para a surpresa da polícia 11 armas foram encontradas em poder de Manoel.

 Foram 6 espingardas, 2 escopetas, 1 rifle, 1 revolver calibre 38 e uma pistola calibre 22 encontradas na casa do acusado.

 Na delegacia, Manoel se defendeu dizendo que as armas eram apenas para sua defesa e para caçar.

 Quanto às acusações de estupro e violência doméstica, Manoel também negou tudo. No entanto, na delegacia, ou seja, longe dos olhos do padrasto, a menor de 14 anos confirmou os abusos e ainda contou detalhes a polícia que não deixaram nenhuma dúvida ao delegado.

 De acordo com o comandante do Batalhão de Senador Guiomard, comandante Victor, Manoel já tinha sido preso antes por agressão física a companheira.

“Agora eu quero poder ir à escola, ter colegas e visitar minha família. Chega daquele homem fazer aquelas coisas comigo”, desabafou a menor.

 Além da prisão de Manoel, todos os procedimentos para auxiliar Albertina e seus 7 filhos, foram realizados pela própria polícia. A família será encaminhada para um abrigo e todos terão acompanhamento psicológico para superar o trauma de anos de violência.  

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