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Deputados desistem de criar CPI do grampo telefônico na Assembleia

Deputados1508888Depois de uma semana ‘quente’ na Assembleia Legislativa, com ameaças de cassação, denúncia de grampos telefônicos e investigação policial, os deputados estaduais começaram esta semana bem mais calmos. A CPI do grampo, que oposição e situação ameaçaram pedir, foi esquecida ontem. A sessão foi aberta e suspensa para que várias reu-niões fossem feitas. De volta ao plenário, o tom dos deputados da oposição e situação nem lembrava o dos embates da semana passada.

Os acordos feitos não foram revelados. O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB), que anunciou que iria protocolar ontem o pedido de CPI na Aleac, disse que a base governista desistiu da Comissão de Inquérito, porque a oposição desistiu primeiro e resolveu levar o caso para a Justiça. Segundo Moisés, a CPI, neste momento eleitoral, ‘acabaria como um palco que talvez não fosse o melhor caminho’. Moisés diz que o governo não tem nada a temer e que a Polícia Federal está investigando o caso, por isso, concordaram com a oposição e não vão mais criar a CPI.   

O deputado Rocha (PSDB), principal acusado pelo caso dos grampos e que também anunciou que iria pedir a CPI, afirmou que a oposição não teria as 13 assinaturas necessárias para a criação da Comissão de Investigação. Rocha disse que a oposição primeiro pensou em propor a Comissão. Ele, Tchê e Chagas Romão já haviam assinado a lista. Depois, foi cogitada a possibilidade de apoiarem a CPI de Moisés. Mas, segundo ele, ontem Moisés Diniz procurou a oposição e propôs que a CPI fosse esquecida. O que foi aceito por todos, já que há uma investigação em curso na Polícia Federal. Rocha diz que a oposição denunciou o caso dos grampos ao Ministério Público Esta-dual e Federal.

Os grampos – Na semana passada, a base governista denunciou que o governador Tião Viana e outras 16 pessoas estariam tendo as conversas grampeadas pelo PSDB, liderado no Estado pelo deputado Rocha. A denúncia teria partido de uma pessoa de dentro do partido. Já a oposição disse que é o Governo do Estado que faz escutas clandestinas, usando para isso o aparelho guardião, da secretaria de Segurança Pública.

Rocha negou a escuta e disse que o PSDB não tem o aparelho, que custaria cerca de 200 mil dólares. O secretário de Segurança, Ildo Reni Graebner, disse que o guardião só é utilizado em investigações com autorização judicial e que aparelhos de escuta clandestina podem ser comprados por até 20 mil dólares em cidades de países vizinhos do Brasil.

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