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Oposição e Situação pretendem criar a partir de hoje a ‘CPI dos Grampos’

CPI1408Ney disse que a Aleac estuda como enquadrar Rocha“Atualmente no Acre todo mundo tem medo de falar no celular, pensando que pode estar grampeado, que pode ter a intimidade devassada. Então, sou sim a favor da criação da CPI do Grampo Telefônico. Sei que o Governo do Estado está limpo nesta história e se há grampo quem faz é a oposição”. A afirmação é do primeiro secretário da Aleac, deputado Ney Amorim (PT).

Segundo Ney, a base governista quer rapidez na criação da CPI para que acabem todas as dúvidas com relação ao assunto. Para ele, a sociedade acreana precisa de uma resposta sobre os grampos. “Violar o direito de qualquer cidadão é grave. Ouvir clandestinamente a conversa de um governador é ainda mais grave. Por isso precisamos dar respostas para a sociedade, o que pode ser feito por meio de uma CPI”, esclarece Amorim.

O deputado Geraldo Pereira, líder do PT na casa, disse que confia na investigação que é feita pela Polícia Federal, a pedido do Governo do Estado e do Ministério Publico Estadual, mas diz que a Aleac também pode fazer sua parte na investigação dos fatos, com a CPI. “Foi o governo que primeiro denunciou a escuta do PSDB, eles resolveram se defender atacando, querendo a CPI. Então que venha a CPI”, declara Geraldo Maia.

O pedido da criação da CPI deve se protocolado pelo líder do governo na Aleac, deputado Moises Diniz (PCdoB).  

Oposição pediu primeiro
Depois de ser acusado pelo Governo do Estado, por meio de nota oficial, de usar grampo telefônico para ouvir as conversas do governador e mais 16 pessoas, o deputado Rocha (PSDB) contra atacou e propôs, na última quinta-feira, no plenário da casa, a criação de uma CPI para investigar as denúncias. Rocha diz que é o governo, que faz escutas clandestinas utilizando o Sistema Guardião, da secretaria de Segurança Pública, e que investigações da CPI poderiam provar isso.   

Agora diante da vontade da base de também criar a CPI, Rocha diz que é mais uma “cena do teatro que a base governista criou para encobrir que o governo é que faz as escutas telefônicas clandestinas utilizando equipamento oficial, no caso o guardião. Agora eles querem a CPI. È bom, porque os dois lados serão investigados igualmente. Aí vamos ver quem escuta quem”, declarou Rocha.

O caso da cassação de Rocha
O deputado Ney Amorim (PT) disse ontem que o Departamento Jurídico da Assembleia, está verificando o Regimento Interno, para verificar como o deputado Rocha (PSDB) pode ser enquadrado pela Comissão de ética da casa. Rocha usou a palavra “mariquinha” para se referir ao governador Tião Viana. Ney foi o deputado mais contundente para pedir o enquadramento de Rocha na Comissão de ética da Assembleia. Ele diz que ainda não sabe o que poderá ser feito, já que Rocha não se dirigiu a um membro da Assembleia, mas entende que algo deve ser feito. “Quero deixar claro que se trata de um caso regimental, não é nada pessoal contra o deputado. Mas não se pode dizer tudo o que se pensa no plenário da Casa do Povo”, conclui Ney Amorim. 

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