Por causa do período eleitoral, o segundo semestre do ano legislativo não deve ‘render’ muito. No Senado, segundo o senador Sérgio Petecão (PSD), há um acordo para que os senadores atendam a convocações para votar os projetos mais importantes. Ele diz que a Casa não vai parar, mas o ritmo de trabalho será diferente.
Todos os parlamentares estão nas bases envolvidos nas campanhas de seus candidatos. Então, é hipocrisia dizer que o segundo semestre vai ser igual ao primeiro”.
Na Câmara, segundo o deputado federal Gladson Cameli (PP), também deve haver o chamado ‘recesso branco’. Ele explica que hoje haverá sessão no Congresso e amanhã os trabalhos serão retomados na Câmara, mas em agosto ele acredita que só deve haver 2 semanas de trabalho e que o mesmo deve se repetir em setembro. “As atenções se voltam agora para o ‘Mensalão’ e, em seguida, para as eleições, mas a Câmara não vai parar”.
Na Assembleia Legislativa do Acre, o vice presidente Hélder Paiva (PEN) explica que a mesa diretora elabora uma programação de forma que os trabalhos não parem, mas ele ressalta que pode haver faltas neste período. “Há colegas que percorrem rios e seringais em campanha para seus candidatos, mas apostamos no bom senso dos deputados para que não haja problemas”, conta Hélder. Há intenção da mesa diretora de realizar sessões no interior.
Na Câmara Municipal de Rio Branco, dos 14 vereadores, 10 são candidatos à reeleição. O vereador professor Roger (PSB) relata que já houve o entendimento entre os colegas para que não haja ‘exageros’. Ele diz que todas as sessões serão mantidas.
Na Câmara de Cruzeiro do Sul, dos 10 vereadores, 5 estão em campanha. Os trabalhos devem ser retomados amanhã, às 9 horas. O presidente Romário Tavares (PSDB) diz que na eleição passada, em vez de duas, os vereadores passaram a realizar apenas uma sessão por semana. Mas, desta vez, eles garantem manter as duas sessões por semana, às terças e quintas. “Já que estamos em campanha, temos que mostrar que trabalhamos de verdade. As sessões são uma excelente oportunidade pra isso”, conclui Romário Tavares.