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Prefeito entrega mais 5 t de compostos orgânicos para produtores rurais

AngelimO prefeito Raimundo Angelim realizou ontem, 7, a entrega de mais 5 toneladas de composto orgânico a produtores rurais do polo agroflorestal do Custódio Freire e a horticultores vinculados ao programa de Hortas Comunitárias da Coordenadoria Municipal de Trabalho e Economia Solidária (Comtes). O composto é produzido na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), no Km 22 da BR 364 (sentido Porto Velho). Essas 5t completam 100 t  produzidas ao longo dos últimos dois anos na Utre. 

Coordenadora da unidade compostagem na Utre,  a Safra encomendou à Embrapa análise dos componentes do composto visando saber a qualidade do produto. “Tem 90% de fertilidade”, disse Dalva Martins, bióloga da Safra. Nada menos que 60% do composto é resultado da maturação de restos de frutas, 30% é carbono (produzido por sementes e cascas) e 10% são insetos resultantes das capinas, especialmente aquelas realizadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur).  Nesta entrega, parte será usada na produção de flores, verduras  e plantas ornamentais.

Sobretudo, 14 produtores rurais do Pólo Geraldo Fleming estiveram participando do curso de compostagem ministrado pela Safra. As 5t entregues ontem fazem parte do 4º mutirão de produção de compostagem, uma iniciativa da Safra e associações rurais. Ainda segundo  Dalva Martins,  o principal objetivo da compostagem é reduzir a quantidade de lixo produzido diariamente e que acaba poluindo o solo e os rios.  

Todo o espaço físico da Utre é adaptado obedecendo às exigências da Legislação Ambiental evitando assim, quaisquer tipos de crimes contra a natureza. “Diminuimos em 50% o carbono produzidos nas leiras (monturos de compostagem) com a redução do uso de cascas e sementes na produção do adubo”, resumiu Dalva. A área destinada ao aterro sanitário, por exemplo, é toda revestida com mantas plásticas de até 5 centímetros  de espessura para a impermeabilização do solo. Existem também saídas para os gases poluentes emitidos do lixo e valas para o escoamento do chorume (líquido altamente tóxico de cor negra, produzido pelo lixo, característico de materiais orgânicos em decomposição).

O chorume escorre pelas valas até os tanques de decantação, onde recebe tratamento adequado para ser novamente devolvido ao meio ambiente. Todos estes processos são acompanhados e analisados periodicamente por uma tecnóloga em gestão ambiental para garantir que o líquido tóxico produzido pelo lixo não polua o solo e os mananciais. “Esse projeto tem nos ajudado muito porque os produtores tinham dificuldade de conseguir o esterco para suas hortas”, disse Elizete Guimarães, do Pólo Agroflorestal Geraldo Fleming.

Em reunião com os produtores beneficiados nesta etapa, Angelim anunciou que pretende regularizar o processo de modo o acesso da agricultura familiar ao processo. Nesse contexto, os produtores devem tornar-se gerente de todo o processo de fabricação de compostagem. (Ascom PMRB)

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