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Violência contra a mulher é tema de debate na Câmara

Sessão foi proposta por Ariane Cadaxo e contou com a participação de vários órgãos de proteção à mulher

 A Câmara de Rio Branco realizou ontem uma sessão solene para discutir o índice de violência contra a mulher. O evento foi proposto pela vereadora Ariane Cadaxo (PC do B) e contou com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres, a Coordenadoria Municipal da Mulher e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

 Em seu discurso, Ariane Cadaxo deixou clara a importância e a necessidade de a Câmara se envolver na questão e ressaltou que a Casa pode apontar soluções que possam contribuir para o fortalecimento da rede de proteção dos direitos da mulher. “Não podemos ficar calados enquanto dezenas de mulheres são espancadas em nossa cidade. Precisamos discutir o assunto e buscar meios de solucionar o problema”, asseverou.

 A delegada titular da Deam, Áurea Dener lembrou que a violência doméstica é um problema enfrentado em todo o país, mas que no Acre a questão é tratada de modo diferenciado no que diz respeito ao enfrentamento. “Temos sete delegados, sendo quatro plantonistas e três adjuntos. Tratamos a regras da Lei Maria da Penha de uma forma que outros Estados não fazem e nada deixamos a desejar em relação a eles”, explicou.

 Já a secretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Concita Maia, apresentou os números da violência doméstica em Rio Branco e advertiu que a origem da violência doméstica está no sentimento de posse, que começa em casa com os pais, os irmãos e segue no relacionamento amoroso. “O álcool e as drogas apenas fatores estimulantes da violência. Eles não são a causa principal dessa perversidade que a gente observa no dia a dia”, afirma.

 Ainda de acordo com a secretária, as transformações só irão ocorrer diante da conscientização dos homens em relação às mulheres. “Precisamos descontruir esse modelo mental de sentimento de posse e estimular a educação dessa nova geração de crianças e jovens da nossa sociedade”, acrescentou. A explanação de Concita Maia foi seguida de um discurso feito pela jornalista Lenilda Cavalcante, no qual ela destacou vários casos de violência doméstica e infantil que testemunhou durante seu trabalho.
 

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