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Acreano já pode investir na bolsa de valores com mais segurança

A Euro Investimentos é uma corretora do mercado de ações com atuação em Rio Branco há menos de um ano. A empresa acreana é dirigida pelo administrador Alberto Luiz Rebouças de Santana.
Natural da Bahia, o empresário percebeu a viabilidade do empreendimento em um setor ainda pouco compreendido e que sofre com o preconceito. “Muita gente avalia que investir no mercado de ações é coisa para gente rica”, relata. “Não é”. É possível, diz o empresário, investir no mercado de ações com R$ 100. “Há várias opções de fundo de investimentos. Um deles pode se adequar a você”.
Bolsa1Alberto Santana, da Euro: popularização da bolsa traz ao acreano mais uma oportunidade de aumentar renda
Santana contabiliza que a possibilidade de haver alta rentabilidade no investimento de risco pode ser melhor percebida no longo prazo. Mas, reconhece que a mudança de postura é um fator cultural que precisa de tempo para se concretizar. “No geral, o acreano que tem condições de investir é muito conservador e prefere formas menos arriscadas”, diz.

A popularização do mercado de ações é um fenômeno mundial recente que não tem nem 30 anos. Antes disso, de fato, investir em bolsa de valores era coisa para poucos. As corretoras, na época, não tinham condições de dar assistência ao pequeno investidor. Hoje, não.

Atualmente, as corretoras têm que ser uma espécie de tradutoras de números e intérpretes de cenários políticos e econômicos para os mais diversos tipos de investidores, sobretudo os pequenos.
A acreana Euro é associada a gigante XP Investimentos, com equipes de matemáticos, economistas, administradores de empresas que mostram em tempo real a movimentação do mercado de ações.
Ainda com um grupo muito reduzido de clientes, Santana vê possibilidades de crescimento. “Há espaço para crescer”, diz, esperançoso, se esquivando de antecipar metas.

Concurso público pra quê?
Um dos clientes da Euro Investimentos é o policial civil Reginaldo do Nascimento Marques. Com apenas 29 anos, ele investe no mercado de ações desde 2009. “Deixei de estudar para concursos porque vi que as perspectivas de ganho no mercado de ações são muito maiores”, constata Marques.

O tempo de folga que tem, Marques utiliza a estrutura da corretora de ações para analisar mercados e investir sob orientação do corretor Santana. Para o jovem investidor, dois aspectos são fundamentais para quem deseja entrar nesse universo: estudar é o principal. O segundo fator é buscar entender o mercado financeiro sem preconceito.

Dívida pública
Comprar títulos públicos é uma opção de investimento que tem chamado atenção de muita gente em todo país. Pode ser feito pela internet. Financiar a dívida pública por meio da venda de títulos públicos é uma estratégia do Governo Federal para conseguir recursos. A aplicação feita pelo pequeno investidor é usada pelo Governo para áreas como Saúde, Educação e Infraestrutura. Quem aplica nesses fundos recebe o dinheiro de volta com juros.
Bolsa2Reginaldo deixou de estudar para concursos públicos e se dedica às aplicações no mercado de ações
Qualidade da internet e energia elétrica são gargalos
Há dois gargalos difíceis de serem solucionados para quem investe no mercado de ações no Acre: a qualidade da internet e a qualidade do fornecimento de energia elétrica. Não há como acompanhar as variações de humor do mercado financeiro com internet ruim. E também nada pode ser feito sem energia elétrica.

Santana, da Euro Investimentos, já teve problemas. Perdeu máquinas, mas ainda não perdeu dinheiro. Pode ter deixado de ganhar.

“No mercado de ações, há mecanismo de proteção para esse tipo de situação que estancam o andamento do processo e não permitem o investidor de perder, mas essa situação aqui no Acre é bem complicada não apenas para quem investe no mercado financeiro, mas para várias atividades econômicas”, analisa o empresário.

A empresa fornece serviço de formação para investidores e também vários tipos de palestras, inclusive sobre finanças pessoais.

 


 

“É possível investir no mercado de ações até com 50 reais”
Em uma pequena sala localizada na Rua Rio de Janeiro, nas imediações da loja Iris Tavares, funciona a Euro Investimentos. Monitores de vários computadores desenham gráficos que, bem interpretados, já fazem alegria de alguns poucos acreanos. Veja, em uma rápida entrevista, como é possível aumentar o rendimento do seu dinheiro fugindo da segurança da poupança e se arriscando no mercado de ações.

Bolsa3ACRE ECONOMIA: Por que você resolveu investir no mercado de ações?
Alberto Santana: Eu ainda era bancário, na década de 80, quando me despertei para esse universo. Na época, não havia as facilidades que há hoje. Em 2002, eu fiz um curso de formação de curso de investidores de bolsa de valores em Brasília. Comecei a fazer exercícios simulados de operação em bolsa e depois entrei para valer.

AE: Para operar na bolsa de valores com segurança sem precisar ir a Brasília ou frequentar cursos caros?
Alberto Santana: Já existem diversas ferramentas disponíveis na internet, gratuitas, que simulam a realidade do mercado de ações. Os jornais Folha de São Paulo, Estadão têm isso. Eles até premiam os melhores simulados. São plataformas para você estudar e praticar sem investir dinheiro de verdade. É apenas um simulado. A vantagem é: se você errar, o dinheiro que você perde é virtual. Eu fiz esses simulados e depois entrei pra valer no mercado de ações.

AE: Quais as suas preferências na hora de investir?
Alberto Santana: O que eu vou te dizer aqui é uma concepção estritamente pessoal: eu não gosto de investir em empresas públicas. Se eu comparar uma empresa pública e uma privada do mesmo setor, eu posso ter uma diferença de rendimento, de rentabilidade mais interessante na empresa privada. Mas, como te disse, é uma concepção muito pessoal. A Petrobras, por ter muita liquidez, é uma exceção. É um papel [ações] muito procurado pelos investidores.

AE: Quanto eu preciso ter no bolso para começar a investir em bolsa de valores?
Alberto Santana: Hoje, o mercado de ações ficou muito popular. Não existe investimento mínimo para você iniciar. O que existe são as diferenças de estratégia. Se você tiver 50 reais ou 100 reais, você não vai adotar a mesma estratégia do que se você tiver cinco mil reais ou dez mil. O mercado de ações ficou tão democrático que ele dá condições para qualquer tamanho de bolso de investidor. Há fundos que aceitam investimento inicial de 50 reais.

AE: Mas, o que você recomenda?
Alberto Santana: Eu recomendo, aos clientes que me procuram com capital menor que cinco mil reais, eu recomendo que eles comecem através de um fundo de investimento. Pode ser um fundo de ações ou fundo de renda fixa, que é um investimento mais conservador, ou fundos de mercado, que aplicam em várias modalidades de investimento. Quem tem mais de cinco mil pode entrar direto no mercado de ações, comprando ações, direto no pregão da bolsa.

AE: Eu tenho dinheiro e quero investir em ações. Venho aqui e qual o serviço que vocês oferecem?
Alberto Santana: A Euro é uma distribuidora de ações de investimento, cotas de fundo de investimento, CDB’s. A Euro representa aqui no Acre uma corretora de valores, a XP Investimentos. É a maior corretora da bolsa de valores. É uma espécie de ‘shopping center financeiro’. Isso dá acesso a vários produtos de investimentos de vários fornecedores.

AE: E onde que a Euro ganha dinheiro? É uma porcentagem do que o investidor ganha?
Alberto Santana: Se você abre uma conta hoje na XP Investimentos, o que acontece? Se você não movimentar, você não vai ter custo nenhum porque não existe tarifa de manutenção de conta. Mas, quando você faz uma operação no mercado de ações, existe a taxa de corretagem, que é a remuneração da corretora pelo serviço prestado. A corretora recebe e repassa uma parte da corretagem para a Euro.

AE: Muitas pessoas hoje, no Acre, estão endividadas. Tem empregos públicos ou são cargos comissionados e estão endividados com bancos. É possível investir em ações estando com a corda no pescoço?
Alberto Santana: Tecnicamente, sim. É possível estar no vermelho e investir no mercado de ações. Mesmo se você tiver com o nome negativado, você pode abrir uma conta de investimento e pode operar. Embora, não seria recomendável.

AE: Por quê?
Alberto Santana: Porque por mais que você tenha um ganho no mercado financeiro, geralmente, o custo da sua dívida é maior. Não adianta você ganhar meio por cento, um por cento ou dois por cento que seja em uma aplicação por mês se você está pagando cinco ou seis por cento com os juros do seu empréstimo. Acaba não compensando.


Cesta básica é vendida à domicílio e ‘no fiado’
Calotes são inevitáveis, mas a propaganda de porta em porta começa a chamar atenção nos bairros da Capital e municípios próximos

 

ITAAN ARRUDA
Antônio Linardi e o paranaense Marco Amorim tiveram uma ideia simples e com boa aceitação nas periferias de Rio Branco e dos municípios próximos à Capital: usaram a cultura do ‘fiado’ para vender cestas básicas.
Bolsa4Amorim é responsável pelas entregas e pela comercialização das cestas básicas
A A.L Cestas Básicas é uma empresa ainda informal, que funciona provisoriamente na casa de um dos sócios no bairro Raimundo Melo. A cesta básica da dupla é diferenciada: possui 35 itens divididos em quatro kits: Kit Limpeza; Kit Cozinha; Kit Congelado e Kit Básico.

No Kit Básico, por exemplo, há 15 Kg de arroz tipo A; 5 Kg de açúcar; 3 litros de óleo; 3 Kg de feijão; 1 Kg de macarrão; 1 Kg de farinha de trigo; 1 Kg de farinha de mandioca e 1 Kg de sal.

“Se o cliente no mês seguinte não consumiu os 15 quilos de arroz, nós adaptamos por outros produtos que ele queira e personalizamos a cesta dele”, explica o microempresário Antônio Zinardi, o mais falante da dupla.

Há dois diferenciais no serviço prestado pela empresa: a comodidade de ter a entrega em domicílio (que pode ser feita até em ramais que dão trafegabilidade durante o ano) e o prazo de pagamento de até 30 dias.

“Se o cliente honrar com o pagamento em dia, ainda tem desconto de dez por cento”, garante Marco Amorim, o responsável pelas entregas e pela comercialização. Nesse negócio, os calotes são inevitáveis. “Faz parte”, lamenta Amorim.

A dupla lembra que pouco capitalizados no início do trabalho, a venda “no fiado” foi difícil de suportar. “Mas, esse era o nosso diferencial porque acreditamos nas pessoas e, no geral, dá certo”, afirma Zinardi.
Bolsa5Zinardi diz que venda no “fiado” é o diferencial
A lista de clientes da microempresa só cresce. Em uma pequena caixa, são guardadas as fichas com os cadastros ainda escritos à mão. O princípio de comercialização é simples: com bons fornecedores, os produtos da cesta têm custo reduzido por causa da compra em grande quantidade.

O lucro vem em função da quantidade comercializada. Recol, EcoAcre, Bené do Cavaco, Makro e Atacadão são fornecedores da A.L Cesta Básica. “E tem mais, no pagamento da décima cesta básica, o cliente ganha outra de graça”, anuncia Amorim.

A dupla pretende regularizar a situação contábil da empresa “o mais rápido possível” porque pretende participar de licitações públicas.

Uma cliente fiel da empresa é a dona de casa Kátia de Almeida. Junto com o marido e dois filhos, ela garante a alimentação da família com as cestas básicas há cinco meses. “Quando descobri o trabalho deles, eu só compro assim”, diz, ao receber das mãos de Amorim a cesta básica do mês e pagando a cesta do mês anterior.

A cesta custa R$ 220. Com o desconto de quase 10% honrando com o pagamento, o cliente paga R$ 200. Os telefones para contato são os seguintes: 9281-7163; 9963-8769; 9204-1267; 9956-7449.


FPE pode estar mais próximo do seu bolso do que você imagina

ITAAN ARRUDA
O Fundo de Participação dos Estados (ou simplesmente FPE) tem participação que oscila entre 70% a 75% da Receita Orçamentária do Acre. Se for contabilizado o conjunto de repasses do Sistema único de Saúde, convênios federais, empréstimos de bancos oficiais, a participação do dinheiro com chapa branca deve beirar os 80%.
Bolsa6Fernando Rezende, da FGV, proferiu palestra no Acre
Isso significa que de cada R$ 100 que circulam no Acre algo muito próximo de R$ 80 estão aqui porque o Governo Federal manda. Só por esse número, o esforço do governo stadual em “ser modelo”, “ser referência”, “ser destaque” é algo que se aproxima muito mais da retórica oficial do que de um ambiente econômico realmente promissor.

Se a logística para investimentos no Acre ainda é precária; se a mão de obra em todos os setores ainda não tem qualificação e educação suficientes e se a infraestrutura ainda é inadequada (apesar dos evidentes esforços do governo local) resta à iniciativa privada se render aos humores oficiais. Dinheiro gerido e movimentado na iniciativa privada é moeda muito rara no Acre.

No Acre, a discussão sobre o FPE é algo que está muito próximo do cotidiano das pessoas e das empresas. Elementar que qualquer ameaça de redução no repasse do FPE conquiste o grau de catástrofe no cenário político e econômico regional.

O Congresso Nacional tem até o fim do ano para aprovar um consenso entre 20 propostas que tramitam no Senado para elaboração de uma nova fórmula de redistribuição dos recursos do FPE. Se o Congresso não chegar a um consenso, quem deve definir é o Supremo Tribunal Federal.

O STF foi provocado pelos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Eles questionaram os critérios de formulação do FPE, apesar de fazerem parte da turma que abocanha 85% do fundo.

As regiões Sul e Sudeste ficam com 15%. O entendimento elementar da matéria é que com uma receita tributária mais robusta, estados dessas duas regiões não precisam da mão generosa do Governo Federal para resolver os problemas de Saúde, Educação e Segurança Pública.

Mas, como o ambiente de crise é generalizado, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul reclamam maior fatia do bolo.

Se a proposta dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Romero Jucá (PMDB/PR) for aprovada, a estimativa é que o Acre salte de R$ 1,66 bilhão para R$ 2,4 bilhões. O senador Jorge Viana (PT/AC) já alertou no plenário para a urgência de se aprovar a mudança.

TCE puxa discussão
O Tribunal de Contas do Estado do Acre quer qualificar essa discussão. E já deu início em alto nível. Na última quinta-feira, uma palestra do professor Fernando Rezende, da Fundação Getúlio Vargas, abordou o assunto em um espectro mais amplo.

Rezende não tratou especificamente da questão do FPE. Ele tem uma abordagem sistêmica a respeito dos desequilíbrios regionais. Para tentar resolver os problemas, algumas lições importantes. A primeira é a mais elementar. “Se a economia no estado não cresce, fica difícil atender às expectativas da população”, afirma o professor.

O professor Rezende defende duas frentes de ação: a criação de um “sistema de transferências” e a formulação de uma ‘cooperação de políticas nacio-nais’. Sob este ponto, ele cita o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Com o indicativo “matrícula”, o Governo Federal envia mais recursos para onde há maior necessidade. Outros setores de atuação do poder público poderiam seguir a mesma lógica utilizando indicadores indiretos.

O ‘sistema de transferências’ consiste basicamente em efetivar transferências compensatórias de recursos de estados que possuem receitas tributárias maiores para os menores. “A ideia não é igualar os repasses de estados como Acre e Minas Gerais, por exemplo, mas equilibrar”, afirma o professor.

O princípio é relativamente simples, mas a execução desse formato exige uma sofisticada ação que o poder público demonstra ainda não ter. Não se pode dar a essa questão uma dinâmica de quem perde e de quem ganha.

“O que vai sair do Congresso eu não sei responder”, desculpou-se o professor. “Se a gente junta coisas como FPE, royalties do Petróleo, guerra fiscal, endividamento dos Estados e mais dois ou três fatores… você junta esse ‘pacote’ que fica mais fácil de se negociar”, orienta antes de analisar. “É muito mais difícil de se negociar se a discussão é ‘você ganha e eu perco’. Mas, se você tem quatro ou cinco assuntos na mesa, é possível perder em um momento e ganhar em outro”.


Mais de 50 empresas vão se instalar no Polo Logístico de Rio Branco

 

A licitação para as obras de infraestrutura do Polo Logístico de Rio Branco deve ser aberta na próxima semana. Até o momento, 54 empresas, entre transportadoras de cargas, atacadistas, distribuidoras e grandes varejistas, confirmaram que vão se instalar no local. O Governo do Estado vai investir mais de R$ 20 milhões no empreendimento, que deve gerar diretamente mais de três mil empregos.
Durante reunião de instalação da Comissão da Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre (Copal), o secretário de Desenvolvimento Econômico, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães, apresentou o projeto do Polo Logístico, que será construído em uma área de 133 hectares, localizada no quilômetro 5 da BR-364, sentido Rio Branco/Porto Velho, ao lado da Cidade do Povo.
Bolsa7 Secretário Edvaldo Magalhães (C) coordenou a reunião que instalou a Copal
“Esse é mais um projeto ousado do governador Tião Viana que vai beneficiar diretamente dezenas de empresas. Um investimento de mais de R$ 20 milhões, por parte do governo, e mais de R$ 130 milhões da iniciativa privada, com a geração de três mil postos de trabalho. Já na próxima semana vamos abrir a licitação para que sejam realizadas as obras de infraestrutura e, em seguida, vamos para o processo de instalação das empresas”, explica.

A instalação da Comissão da Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre é mais um passo importante para a concretização do projeto do Polo Logístico. A Copal será responsável por analisar e aprovar os projetos das empresas.

Além das empresas de vários setores, também estarão no Polo Logístico órgãos fiscalizadores, como Suframa e Secretaria da Fazenda (Sefaz), instituições financeiras, postos de gasolina, entre outros.
Isso significa que os empresários poderão realizar todo procedimento de suas cargas no espaço físico do Pólo Logístico, com mais segurança e comodidade. Com isso, o fluxo de caminhões e carretas carregadas com mercadorias nas ruas do Centro da Cidade, por exemplo, será definitivamente encerrado.

“Ouvimos a necessidade dos empresários e pensamos em um Polo que contemple todas as necessidades do setor. Com isso, estamos beneficiando as empresas, mas também melhorando o nosso trânsito, com o fim da circulação de caminhões e carretas carregadas”, lembra Magalhães.

No primeiro momento, as empresas vão receber a concessão do terreno para construir suas estruturas físicas. Para facilitar o acesso a financiamentos, o Governo do Também serão concedidos incentivos para que as empresas, de acordo com a Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logísticas de Distribuição.

Empresários estão otimistas
Para o presidente da Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Acre (Adacre), José Carlos, a criação do Pólo Logístico e da Política de Apoio ao setor garante novo ânimo aos empresários e muitos benefícios para a população acreana.
Bolsa8Empresário Ádem Araújo: empresários e população ganham com a construção do empreendimento
“Nós agradecemos ao governador Tião Viana e ao secretário Edvaldo Magalhães por esse gesto de apoio ao setor. Isso nos anima e nos faz acreditar que podemos fazer novos investimentos. Estamos motivados e animados para investir cada vez mais, gerando mais emprego e renda em nosso Estado”, disse.

O empresário Ádem Araújo, da rede de Supemercados Araújo, lembra que o Pólo Logístico era uma necessidade antiga e que possibilitará que sejam feitos novos investimentos e a modernização dos empreendimentos.

“Nós estamos recebendo não somente um terreno para que possamos construir nossas empresas com padrões modernos e dentro daquilo que necessitamos, mas também a possibilidade de termos, num espaço seguro, os órgãos que nos fiscalizam e até instituições bancárias. Ganhamos ainda como população, pois estamos tirando do Centro da cidade, por exemplo, carretas e caminhões”, afirma.

A presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Acre (Setacre), Nazaré Cunha, faz questão de destacar a importância da criação do Polo, numa área localizada em uma região de fácil acesso, garantindo mais tranquilidade para as empresas.

“Essa é uma luta antiga da nossa classe. Agora estamos celebrando o início de um novo tempo. Esse Polo tem um significado especial e representa a concretização de um sonho. Agora teremos um endereço, onde poderemos trabalhar com mais segurança e tranquilidade”, afirmou.

Sobre o Polo Logístico
O Polo Logístico de Rio Branco será construído em uma área de 133 hectares na BR-364 sentido Rio Branco/Porto Velho, bem ao lado de onde será construída a Cidade do Povo. O Governo do Estado vai investir mais de R$ 20 milhões, na compra do terreno e na construção de toda infraestrutura.

O Polo vai atrair um investimento de R$ 130 milhões da iniciativa privada, com a geração de três mil postos de trabalho, tornando-se o empreendimento com maior número de empregos gerados, superando, inclusive, o Via Verde Shopping.

No mesmo espaço, além dos galpões das empresas, serão construídos restaurante, posto de gasolina, hotel, área de lazer, espaço para órgãos fiscalizadores, agencias bancárias, entre outros.
A Comissão da Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre (Copal) será coor-denada pela Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).

A Copal é composta ainda pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado do Acre (Adacre), Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Acre (Setacre), Federação do Comércio do Acre (Fecomércio) e Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Acre (Acisa). (Assessoria Sedens)


NOTAS ECONÔMICAS

Lei do descanso
A Lei do Descanso, que obriga uma parada obrigatória de 30 minutos a cada quatro horas de trabalho aos motoristas de caminhão, é mais um anti-exemplo de como são concebidas as leis no país.

Lei do Descanso II
A intenção é obviamente boa: regulamentar a profissão dando melhores condições de trabalho ao profissional, minimizando o desgaste físico. O problema de não haver pontos de parada obrigatória com segurança e conforto aos motoristas mostra como o legislador precisa saber em que chão pisa para poder formular uma lei.

Lei do Descanso III
O prazo para entrada em vigor da lei estourou a semana passada. Foi adiado por seis meses devido à inaplicabilidade. E daqui a seis meses, novamente não haverá condições de respeitar a nova norma. Os caminhoneiros que fazem frete para o Acre estimam que deverá haver aumento de até 35% no frete. Percentual que, certamente, será repassado ao consumidor. Claro.

Estrutura
O Acre Economia tratou do assunto free shops há duas semanas. Com a aprovação do projeto que regulamenta a criação desse tipo de comércio, uma nova luz amarela se acende. Antes de aprovar esse projeto seria prudente dar condições à Receita para que tudo funcione de acordo com a lei. A Receita Federal já tem equipes que trabalham no limite.

Copal
De forma muito discreta, foi criada a semana que passou a Comissão da Política de Incentivos às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição no Acre (Copal). Em poucas linhas, é uma instância que avalia todos os processos para uma empresa se instalar no Polo Logístico de Rio Branco. Inclui-se aí possibilidade de benefícios.

Feijão
Sábado passado, o Governo do Acre fez a entrega de uma agroindústria de beneficiamento de feijão na cidade de Marechal Thaumaturgo. Toda articulação para que o empreendimento fosse concretizado tem paternidade: Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis.

Feijão II
Não passou despercebido o fato de que o responsável pela pasta, secretário de Estado Edvaldo Magalhães, que se debruçou sobre o projeto, ficou no canto da foto. Bem no cantinho. Em alguns casos nem apareceu. Verdade seja dita: a política pública, quando tem êxito, precisa ser dado o devido crédito. Uma elementar questão de bom senso e justeza no trato da coisa pública.

Greve
É bom empresas e consumidores se prepararem: vem aí mais uma greve dos bancários. Ruim para todos.

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