X

Governo do Estado inaugura fábrica de vassouras em Xapuri

O Governo do Acre vai inaugurar agora em setembro uma fábrica de vassouras na cidade de Xapuri. O investimento de R$ 25 mil muda a rotina de 20 mulheres do Cooperativa Unidas da Princezinha, focada na reciclagem de produtos.
Unidade de produção tem capacidade para confeccionar até 300 unidades por dia. Vassouras serão produzidas a partir de garrafas pet
As vassouras serão confeccionadas com garrafas pet. A unidade de produção tem capacidade de confeccionar até 300 unidades por dia. Em uma primeira etapa de trabalho serão produzidas vassouras comuns utilizadas em residências. Mas, em uma provável ampliação da linha de produção, poderão ser confeccionadas vassouras para limpeza de ambientes maiores, como grandes empresas e prédios públicos.

“As mulheres já receberam cursos de empreendedorismo e gerenciamento fornecidos pelo Sabrae”, informou o chefe do setor de mobilização de recursos da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios, Hamilton Júnior. “Optamos por reativar na prática e de maneira muito simples os valores simbólicos sugeridos pela história de Xapuri”.

Poder público já incentiva produção semelhante na Capital

O grupo de 17 mulheres também teve orientações sobre cooperativismo e associa-tivismo feito pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O grupo vai ser acompanhado pela equipe da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios durante dois anos, com reuniões periódicas de avaliação feitas de 45 em 45 dias.

Os equipamentos já foram licitados e serão instalados em um prédio da Prefeitura de Xapuri, onde será feita uma reforma, sob responsabilidade de gestão municipal. Duas empresas ganharam a licitação e estão dividindo a responsabilidade de fazer com que os equipamentos atendam às demandas do trabalho a ser executado. “Os equipamentos estão sendo adaptados para que um ‘se comunique’ (sic) com o outro”, afirma o chefe do setor de mobilização de recursos da SEPN, Hamilton Júnior.

“Nós vamos vender em toda região do Vale do Acre”, anuncia, esperançosa a presidente da Cooperativa Unidas da Princezinha, Francisca Orlanja Diogo, a Chiquinha. “Ainda não temos estimativa de quanto cada cooperada irá ter de renda, mas todas estão empolgadas”.

Uma das mulheres, segundo a presidente, vai ficar responsável pela comercialização dos produtos e vai fazer visitas aos estabelecimentos comerciais da região oferecendo os produtos.


CONTRUÇÃO CIVIL:

Empresa Mexichem Brasil aumenta crédito em 28%

TAAN ARRUDA
A Mexichem Brasil financiou R$ 791,1 mil em compras de material de construção nos primeiros sete meses do ano. Isso representa um aumento de 28% comparado ao mesmo período do ano passado, contabilizado em R$ 620,3 mil. O acesso ao crédito é feito por meio do cartão Amanco CredConstrução.
De acordo com a empresa, valor máximo de financimentos no Acre é de R$ 700 mil

A informação foi repassada por meio da assessoria de imprensa da empresa e contrasta com recente declaração dada por um grande empresário do setor ao suplemento Acre Economia. Há duas semanas, ele afirmou que o cenário não era bom. “Antes, eu tinha cinco financeiras dentro da minha loja”, recorda. “Agora, só resta uma”.

A diminuição era creditada ao ambiente econômico desaquecido fora do setor de obras públicas, associado ao número de inadimplentes (49%). Com dificuldade de sanar dívidas, o pequeno consumidor foi aos poucos deixando de comprar materiais de construção.

Além disso, os empresários de lojas de materiais de construção temiam que a mudança na forma de cobrança do ICMS (substituição tarifária) pressionasse os preços para cima em até 30%. “Não acreditamos que esse aumento realmente ocorra e que de fato seja repassado pelos pequenos varejistas”, afirmou a Gerente de Relacionamento da Mexichem Brasil, Kátia Matias. “Caso ocorra algum aumento, entendemos que as vendas realizadas por meio do nosso cartão não devem ser impactadas, pois a maior parte delas se refere à autoconstrução, o chamando consumo formiguinha”.

De acordo com a empresa, o valor médio dos financiamentos no Acre é de R$ 700 na primeira compra e de R$ 250 nas compras seguintes. O consumo formiguinha tem seu valor. A Maxichem Brasil estima que este ano algo em torno de R$ 127 milhões sejam financiados em todo país. A cifra representa um aumento de 31% em comparação ao ano passado.


 

Serviço de rádio mototáxi tenta qualificar prestação de serviço

ITAAN ARRUDA
A empresa Capital Mototáxis investiu na ideia de melhorar a qualidade na prestação de serviços de transporte de passageiros em motocicletas. É a única na Capital e ainda com boas perspectivas de crescimento. Dos 560 mototaxistas regulares em Rio Branco, 550 são permissionários. Desses, apenas 52 são associados à empresa.

Empresa conta, atualmente, com 52 associados e proprietário acredita em boas perspectivas

Com menos de 10% de adesão, o empresário José Cornélio de Oliveira Júnior quer terminar novembro já com 200 rádios circulando pelas ruas da Capital. “A aceitação por parte do usuário a esse tipo de serviço tem sido alta”, comemora Júnior. “Por isso, a nossa meta de conseguir aumento no número de mototaxistas em prazo tão curto”.

Há um aspecto que pode contribuir para que a empresa tenha incentivos por parte do poder público municipal. “Esse serviço está tirando os pirangueiros da rua”, assegura o empresário. O usuário passa a ter referências exatas de onde vai encontrar mototaxistas. Atualmente, são 16 pontos espalhados pela cidade.

Além disso, o usuário também pode acionar o mototáxis e receber os serviços em casa, assim como é feito com os carros que também utilizam serviços de rádio. A Capital também tem feito convênios com outras empresas para rea-lizarem serviços de motoboy para entrega de documentos e transporte de funcionários.

Como há pontos específicos de reunião dos mototaxistas em vários lugares de Rio Branco, os custos de cada trajeto diminuem porque o retorno ao ponto de partida é feito também com passageiro. “O mototaxista não volta sozinho, mas volta lucrando”, contabiliza Júnior.

A Capital Mototáxis não é uma cooperativa. É uma empresa que, além de José Cornélio de Oliveira Júnior, tem como sócio João Ricardo Bentes de Oliveira. Para o mototaxista aderir aos serviços, é necessário procurar a Capital Mototáxis (que funciona próximo à pracinha do São Francisco) e assinar um contrato de locação do aparelho de rádio-comunicação.

Pelo contrato, o mototaxista paga a locação do instrumento. Em caso de problemas de uso, a manutenção é de responsabilidade da empresa. Se houver situação de quebra, roubo ou assalto, os custos da compra de um novo equipamento são divididos meio a meio.

Após adesão, mototaxistas têm renda de até R$ 240 por dia
A melhora na renda do mototaxista após adesão ao serviço de rádio é evidente. É o caso de Inácios Soares, de 32 anos. Ele já chegou a fazer R$ 200 em apenas um dia de trabalho. E a média tem se mantido assim. Com 30 corridas diárias, em média, ele sempre está com a garupa da motocicleta ocupada. “Vale à pena”, confirma Soares. “Além disso, quando sinto que o movimento está caindo, saio para fazer propaganda do serviço nos bairros e deixo os contatos da empresa”.
Usuário pode acionar mototáxi e receber serviços em casa
Há dias que o movimento melhora e a renda passa a R$ 240. “Para o mototaxista, melhorou também na questão da segurança porque sabe qual passageiro vai ser transportado”, afirma outro empolgado mototaxista Jackball Mendes de França.

Com mais de cinco anos na função de mototaxistas, Jack já foi pirangueiro e hoje comemora a nova condição. “É trabalhoso como tudo o que é honesto, mas temos segurança de estar oferecendo um bom produto para quem usa nosso serviço”.

Investimentos Internet – A empresa pretende comprar um programa para instalar serviços de monitoramento via satélite. Com isso, além do registro das chamadas que já é feito, o veículo será acompanhado durante todo o tempo em todos os lugares. As negociações para instalação desse serviço já iniciaram.


 

NOTAS ECONÔMICAS

Estaleiro de barranco
A secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis anuncia durante a Expoacre Juruá 2012 a implantação de infraestrutura para uma unidade de construção de embarcações na região portuária de Cruzeiro do Sul.

Estaleiro de barranco II
A ação de governo é correta. Tem elementos para ser viá-vel economicamente e com apelo para o respeito à cultura e o desenvolvimento econômico da região do Vale do Juruá.

Melhores equipamentos
Não se sabe ao certo a quantidade de barcos que transita na região. Beira à casa dos milhares, certamente. A construção de unidades com mais segurança e com melhores equipamentos está prevista na ação de governo. Comércio de instrumentos para confecção de barcos com produtos de boa qualidade estará à disposição dos construtores.

Grandes
Além das pequenas embarcações, a construção de unidades maiores também deve ser possível em uma segunda etapa de trabalho.

Boa intenção
A intenção do deputado esta-dual Éber Machado (PSDC) foi boa. Não se pode negar: sair em suposta defesa dos frigoríficos locais e satanizar a transnacional sempre pega bem e deve render alguns votos.

Boa conversa
O problema é que levar à tribuna do parlamento uma discussão velha e que (quase sempre) é resolvida em uma boa conversa entre “grandes e pequenos” acaba tornando fraco o argumento da boa intenção.

Sem graça
Frigorífico pressionar para pegar menos pela arroba e produtor querendo receber mais é mais velho que andar para frente. Nas disputas entre um frigorífico grande e outro pequeno, quem tem maior poder de pressão por preços mais atrativos que o faça. É a lógica desgraçada do mercado.

De novo
Sobre o fato de haver dinheiro do BNDES no financiamento da empresa transnacional, de novo prevalece a lei de mercado. Se uma indústria de sabão em barra que opera no Acre conseguir recursos do BNDES e uma outra acreana não tiver a mesma sorte, a possibilidade do enredo seguir a lógica é grande.

Enquanto isso
Se não houver mecanismos de controle e proteção por parte dos aparelhos de Estado, as empresas vão operando dentro das regras.

E o consumidor?
Nessa briga, o que quase nunca acontece é o repasse da disputa para o consumidor. Em tese, o pagamento menor pela arroba deveria repercutir no preço final. Mas, verdade seja dita: o Acre tem uma das melhores e mais baratas carnes do país.


Limpeza… nada! – A fotografia da repórter Sandra Assunção, feita essa semana em um supermercado de Cruzeiro do Sul, aponta um grande problema que transita entre a Saúde e a Segurança Pública. Não precisa muita atenção para perceber que os litros de álcool usados em limpeza (92,6º) estão dispostos na mesma gôndola onde estão as bebidas alcoólicas. O problema, em si, não está no fato de o álcool estar junto do rum ou da cachaça ou próximo ao bombril e detergente. Por um motivo óbvio: quem é viciado (alcoólatra) e tiver dinheiro pode pegar o produto em uma gôndola ou em outra. O drama sugerido na imagem está no fato de empresários e a própria comunidade terem aprendido a ideia de que o álcool utilizado para limpar e desinfetar objetos e ambientes deve, naturalmente, ser usado também como bebida. Simples, assim. O produto que desinfeta tem alto teor alcoólico: misturado aos “quisuquis” com sabor artificial de frutas e um pouco de água torna-se um coquetel muito usado, sobretudo em regiões muito isoladas ou em áreas urbanas com alto índice de exclusão e marginalidade. Uma imagem. Muitos problemas.


 

EMPREENDEDORISMO

‘Professor Pardal’ é cearense, mas mora no Acre

ITAAN ARRUDA
Periferia de Rio Branco. Bairro Taquari. Quando termina o asfalto da Rua Baguari, à quarta entrada à esquerda (dobrando à segunda viela à direita), existe ali um Pequeno Negócio. Do rosto marcado pelo sol e do raciocínio rápido, conceitos como força motriz, tração, gerador móvel, alternância e transformação de energia saem com naturalidade da fala serena de Ezequiel Carneiro Alves, 33 anos e quatro filhos.
Ezequiel chegou ao Acre há 6 anos e, ao lado da esposa, aperfeiçou o trabalho com pneus
Ele se auto intitula “artesão”. Tem até carteirinha. Natural do Ceará, veio ao Acre há seis anos para vender sandálias japonesas feitas de pneus velhos. Conheceu Caroline da Silva Chagas, estudante de Artes Cênicas da Universidade Federal do Acre e de Administração de Empresas no Instituto Federal do Acre.

Juntos, criaram a Dpneu (Sustentabilidade de Consumo). Tecnicamente, a empresa trabalha com um conceito chamado de “manufatura reversa”: transforma pneus velhos em novos produtos como conjunto de cadeiras, mesas, vasos para expor plantas, sandálias, cintos e até instrumentos musicais.

Nos conjuntos de cadeiras e mesas, Caroline Chagas desenvolveu um desing que alia conforto, durabilidade e segurança. Para a confecção do produto, são usados pneus de carro, bicicletas, motos, caminhão e trator. No primeiro momento, o usuário sente certa insegurança em sentar. Mas, é uma desconfiança que não tem razão de ser. “As peças são feitas de maneira que não acumulam água”, explica Ezequiel Alves.

As sandálias feitas de pneus velhos são sempre os produtos com maior procura. “Normalmente, elas são muito bem aceitas entre o público universitário e quem mora em colônia”, conta Alves que sabe o que é carregar pesados sacos com as sandálias por várias capitais do Brasil.

Atualmente, o principal gargalo no processo produtivo da Dpneu é a falta de um veículo para transportar os insumos dos locais de coleta até a unidade produtiva localizada no bairro Taquari. O que mais onera o custo de produção dos móveis de pneus é o transporte dos insumos. Além do casal, há dois outros colaboradores (André e Ferreira) que trabalham na empresa.
Produtos da Dpneus despertaram interesse da Secretaria de Pequenos Negócios

Protótipos devem ser apresentados a gestores públicos
A Secretaria de Estado de Pequenos Negócios identificou na forma de trabalho de Ezequiel Alves e nos vários produtos que podem surgir da Dpneu oportunidades de melhorar a qualidade de outros serviços.

Ezequiel explica como a aplicação de conceitos da mecânica pode ser facilmente colocada em prática com pequenos investimentos. Ele está em processo de construção de um chassi multiuso.

O protótipo dá duas opções de transporte: a primeira utiliza um timão e a pessoa puxa a carga sem fazer esforço porque são acoplados às rodas dois motores elétricos de 24 volts com capacidade para suportar até 500 quilos.

O modelo pode ser aplicado, por exemplo, para os catadores de materiais recicláveis e papéis que hoje usam a força do próprio corpo para transportar o lixo até o local de reciclagem.

Com a aplicação dos conceitos da Dpneu, fazer força pode ser coisa do passado. “Nós pensamos em criar esse modelo para nós transportarmos as cadeiras e mesas de pneus que nós produzimos aqui que pesam bastante”, explica o empresário.

Dependendo da necessidade do uso, o chassi multi uso permite adequações. Transporte de refrigerantes, botijões de gás, água mineral pode ser feito sem esforço físico.

A segunda opção de transporte é por meio de uma bicicleta. Essa forma permite que sejam acopladas estruturas de produção de pipoca, algodão doce, cachorro quente. O motor com duas baterias pequenas de 60 A (ampéres) transporta sem problemas.

“A pessoa pode subir a ladeira da Maternidade para vender sua pipoca, seu algodão doce na praça sem problema”, sugere Alves. O empresário garante que a velocidade que se alcança (com peso) é de até 7 Km/h.
O nome técnico da geringonça a ser criada é Gerador Móvel Autossuficiente Tripulado (Gastri). Mas, pode ser chamada de bicicleta elétrica que todo mundo entende. “Ou girico elétrico”, compara, fazendo alusão a um trator muito comum em áreas rurais do Centro-Sul do país.

O protótipo deve ser apresentado ao governador Tião Viana e ao secretário de Estado de Pequenos Negócios, José Carlos Reis da Silva. O protótipo vai ser avaliado pela Funtac para que possa ser produzido em escala que atenda às demandas apontadas pelo próprio governo.

Dpneus apresenta produtos em frente à secretaria
A estrutura de produção da Dpneu será instalada na Secretaria de Estado de Pequenos Negócios, na Avenida Ceará, em frente ao Colégio de Aplicação, Centro de Rio Branco.
Quem quiser levar pneus velhos, pode acompanhar a confecção das mesas, cadeiras e vasos de plantas e ainda ter descontos. “Vamos apresentar um pouco do nosso trabalho para as pessoas”, afirma o empreendedor.

Secretaria de Pequenos Negócios apoia a Dpneu
“O maquinário cedido pela secretaria praticamente triplicou a nossa capacidade produtiva”, contabilizou Ezequiel Alves. A Secretaria de Estado de Pequenos Negócios comprou uma esmerilhadeira que permite o corte rápido e preciso da virola e lombadas dos pneus de carreta que pos-suem na estrutura até fios de aço. “Eu passava muito tempo cortando com faca”, lembra a esposa e companheira de trabalho Caroline da Silva Chagas.
Caroline e Ezequiel com os colaboradores André e Ferreira
Além da esmerilhadeira, a SEPN capitalizou a pequena empresa com um compressor de pintura e um esmeril para amolar outros instrumentos de corte da borracha dura e envelhecida.

Antes, a produção era de quatro cadeiras por semana. Agora, já são 16 semanais, com pedidos se avolumando. O jogo de cadeiras e mesa, de acordo com o pequeno empresário, “é muito usado em bibliotecas e salas de leituras”.

A companheira de Ezequiel é uma micro-empreendedora individual. Isso trouxe benefícios de ordem previdenciária, mas, para a atual situação da empresa, não se concretizou o que a Dpneu mais precisa no momento: acesso a crédito (ver entrevista). “Ainda é muito difícil o acesso ao crédito”, afirma Caroline Chagas.

Entrevista: Ezequiel Carneiro Alves

Crédito: misericórdia de Deus e fiador
Ele estudou Mecânica até o 5º período na Escola Técnica Federal do Ceará. Nessa rápida entrevista, Ezequiel Alves fala com verdade (e extraordinariamente sem rancor) de um dos problemas crônicos do setor privado: a dificuldade de pequenos empreendimentos terem acesso ao crédito. Conseguiu R$ 7,5 mil pelo Banco da Amazônia “pela misericórdia de Deus e ainda com fiador”.

ACRE ECONOMIA:O senhor procurou bancos para melhorar a sua capitalização?
Ezequiel: Sim, claro.

AE: Qual foi a resposta?
Ezequiel: A pior possível. Gerentes dos bancos do Governo Federal nos tratam mal. Nos trataram, a mim e a minha mulher, pessimamente. Nós quitamos um CDC de mil reais que fizemos para ver se o banco liberava um de três mil. Exigiram licença ambiental.

AE: Mas, vocês trabalham fazendo reciclagem e não há resíduo.
Ezequiel: Eu expliquei para ele que nós éramos um microempreendedor individual. Pegamos a licença ambiental e entregamos há quatro dias. Eu entendo que eles têm outras prioridades, mas pelo tempo que nós pedimos…

AE: Há quanto tempo vocês estão tentando acesso ao crédito?
Ezequiel Alves: O crédito da Caixa já estamos tentando há sete meses. A Caixa fez foi incluir nosso nome no Serasa por causa de uma prestação que estava atrasada em 10 dias, sem avisar que não debitava automático… Aí debitou em dobro e depois estornou com a desculpa ‘Ah! Foi sem querer. Foi um erro do sistema’.

AE: Nenhuma instituição bancária ainda ajudou?
Ezequiel: O Basa acudiu a gente (sic). Foi o Basa, com muita misericórdia de Deus e um fiador de muita confiança e coragem, foi ser fiador de sete mil reais. Isso, com muita dificuldade. Imegine, o Banco da Amazônia, o banco da borracha… nós, trabalhando com reaproveitamento de pneus velhos e tendo que quase implorar…

AE: Qual foi a aplicação do dinheiro?
Ezequiel: Nós ampliamos a estrutura física [pequena área coberta] e compramos esse terreno aqui do lado [onde há uma casa onde se deposita pneus].

Categories: Acre Economia
A Gazeta do Acre: