Uma aeronave da empresa Copa Airlines, que saiu de Las Vegas (EUA) com destino à Porto Alegre (RS) fez um pouso não programado no Aeroporto Internacional de Rio Branco na noite de segunda-feira (10), por volta das 21 horas. Horas antes, o vôo 821 fez uma escala no Panamá. Mais de 100 passageiros e 06 tripulantes estavam à bordo do avião. Uma nova aeronave chegou ao aerporto e os passageiros seguiram para a cidade de Santa Cruz de La Sierra (BO) na tarde de hoje.
Jailson Araújo, superintendente da Infraero, explicou como ocorreu o incidente. “Recebemos a informação, através da torre, que a aeronave iria pousar em Rio Branco. A situação é incomum, mas como o aeroporto estava operando normalmente, autorizamos. Realizamos um atendimento aos passageiros. Segundo informações da equipe de manuntenção, a aeronave estava normal”.
Segundo o passageiro Bruno Dias, logo após levantar vôo, barulhos estranhos começaram a surgir. “Embarcamos em Las Vegas às 01h30min da manhã de segunda. No início do vôo, percebemos um barulho embaixo da poltrona 20, a qual eu estava sentado. Uma colega fez a reclamação ao comissário de bordo três vezes, que a ignorou. Fomos obrigados aceitar essa situação. Quando chegamos ao Panamá, fomos à equipe de solo e registramos a nossa reclamação. Eles não fizeram nada.
Quando retornamos para embarcar, percebemos que era a mesma aeronave. Ficamos apavorados. Com o passar do tempo, o barulho ficou mais contudente à ponto de não poderem ignorar mais. Realizaram um pouso forçado, em uma pista curta, onde percebemos das janelas que até o Corpo de Bombeiros estavam nos aguardando.
A situação era delicada, até porque acreditava-se que o problema seria no trem de pouso. Quando pousamos, o avião chegou à 30 metros do mato. Tínhamos grávidas dentro do avião, pessoas de idade. A situação é de uma irresponsabilidade inacreditável”.
Mesmo com o incidente, a empresa aérea não prestou nenhuma assistência aos usuários. “A Copa Airlines não dirigiu uma palavras à nós. Quem fez esse papel foi a Polícia Federal, em uma postura inclusive de iniciativa privada, se preocupando com nosso bem estar, segurança, nos acomodando em hotéis e veículos. Nos impressionou o cuidado deles. A empresa não se manisfetou, nem se pronunciou, foi inacreditável. Nos sentimos como animais irracionais. A nossa situação é de indignação e humilhação”, afirmou Bruno.
A passageira Fabrizia Marini frisou a irresponsabilidade da Copa Airlines. “Ninguém sabia o que era o barulho. O comandante não se pronunciou em nenhum momento para acalmar a tripulação. Fomos ignorados. A aeronave não teve nenhum tipo de manutenção enquanto estivemos no Panamá. O comandante é um covarde e incapacitado, não saiu de dentro da cabine, não mostrou a cara para a gente. A empresa foi irresponsável e negligente”.