Com assembleia agendada para a próxima segunda-feira (17), às 17h, na Praça Povos da Floresta, os bancários da capital irão referendar greve por tempo indeterminado. Os bancários estão na data base e as negociações com os patrões não avançaram, assim com a categoria decidindo ir à greve para forçar uma nova proposta da Fenaban.
Na última negociação, os patrões reafirmaram na mesa de negociação uma proposta salarial de reajuste de 6% para todas as verbas. A proposta foi rejeitada nas assembleias ocorridas na quarta (12). Os bancários querem aumento real de salario de 5%, totalizando um percentual de reajuste de 10,25%. Outras reivindicações da categoria dizem respeito a melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), fim das metas abusivas e assédio moral, segurança bancária e juros menores.
Pesquisa publicada recentemente pelo Dieese aponta que 97% dos acordos salariais do primeiro semestre no país contêm aumentos reais de salário, quase todos acima da proposta de 0,58% apresentada pela Fenaban na penúltima rodada de negociação, no dia 28 de agosto.
Valorização dos pisos – Na busca da valorização do piso dos bancários brasileiros, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf / CUT) junto a entidades sindicais sul-americanas encomendaram uma pesquisa onde mostra que o piso salarial dos bancários brasileiros é um dos mais baixos no continente. Enquanto os bancos pagam piso de 1.090 dólares no Uruguai e de 1.200 dólares na Argentina, aqui no Brasil é de apenas 681 dólares (ou seja, R$ 1.400). Isso significa que o piso do bancário hoje é 58% do salário mínimo do Dieese de R$ 2.416, o que está sendo reivindicado nesta campanha salarial.
Cruzar os braços – Com cerca de 900 bancários em todo estado, totalizando um montante de 62 agências, 25 na capital Rio Branco e outras 37 espalhadas pelos demais municípios, o Sindicato dos Bancários avisa a sociedade acreana que, caso não ocorra negociações até segunda-feira, os bancários irão cruzar os braços a partir da 00h00 da próxima terça (18).
A direção do Sindicato comunica à sociedade que os serviços essenciais das unidades bancárias irão continuar funcionando: compensação e caixas eletrônicos (autoatendimento), assim atendendo a legislação. (Manoel Façanha / Ascom Seeb/AC)