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Concurso internacional premia estudante sul-cruzeirense com viagem para a Espanha

A estudante Ivi Sibele Rocha, da Escola Antônio de Barros Freire, foi recebida com festa no domingo (9), em sua chegada ao aeroporto de Cruzeiro do Sul. Ela foi levada em cima do carro de bombeiros do aeroporto até a escola, tendo chamado a atenção da população, especialmente na passagem pelo balneário Igarapé Preto, àquela hora, lotado de gente devido ao forte calor.

Ivi Sibele acabava de voltar de uma viagem à Espanha, prêmio por ter seu roteiro, baseado na história da cobra grande, classificado entre os cinco melhores do Brasil no concurso “Escola, Roteiro e Cinema – o lugar onde vivo” promovido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB) e a TV Escola, do MEC.

O roteiro vencedor teve, além de Ivi, a participação das estudantes, co-autoras, Daiane Monteiro de Andrade, Poliana Aguiar Ferreira e Maria Luiza Rodrigues da Silva e orientação da professora Fátima Sena, coordenadora na escola, do Programa Mais Educação.

Situada no bairro Telégrafo, a Escola Antônio de Barros Freire tem cerca de 700 alunos nos três turnos, a maioria vinda de famílias carentes. Exatamente por isso, a escola está inscrita no Programa Mais Educação, do MEC, que visa proporcionar atividades educacionais aos alunos no contraturno. Por estar no programa, a escola se habilitou a participar do concurso da OEI.

“As meninas tiveram a idéia de montar e dar uma nova roupagem para a lenda da Cobra Grande e colocar na história a realidade dos ribeirinhos que viviam com medo da cobra”, disse a professora, enfatizando, ainda, o trabalho da monitora de informática em ajudar a transformar a história em um roteiro de curta metragem.

Feito e enviado o roteiro, a escola ficou aguardando o resultado. Depois do roteiro seria feito o curta, pela TV Escola, ligada ao MEC. A escola esperou a equipe da TV Escola, mas, na última hora, avisaram que não poderiam vir e como comenta a professora “tivemos que dar uma de produtor mesmo”.

A equipe conseguiu uma máquina filmadora emprestada, formou o elenco com alunos, pais de alunos e professores da escola e foi para a beira do rio filmar as cenas. O material foi enviado para Brasília onde foi feita a edição, com narrativa e trilha sonora. O curta tem três minutos. Para a professora Fátima “vale a pena investir nos alunos, pois eles têm grande criatividade. Aqui na região tem muita coisa boa relacionada à cultura e vale a pena levar estas informações para todos e saber que nossos alunos sabem produzir na área cultural”.

A diretora da Escola, Nara Cristina Lima, ficou muito satisfeita com a premiação e considera que o fato vai mudar o dia a dia da escola. (Flaviano Schneider / Agência Acre)

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