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Exemplo do ZEE/Acre é tema da 6ª Reunião do Coema

Na véspera do Dia da Amazônia, a Fieac sediou, durante toda a terça-feira, 4 de setembro, a 6ª Reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da Regional Centro-Norte – uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – objetivando debater diversos temas de grande relevância para o setor, com destaque para o exemplo bem-sucedido do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Estado. O evento trouxe representantes das Federações de Indústria dos estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Goiás, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Maranhão, Tocantins e Distrito Federal, além de empresários e autoridades de entidades públicas e privadas ligadas ao setor ambiental.

“O ZEE é um dos instrumentos mais importantes e estratégicos para qualquer região. O Acre se desenvolveu muito ao adotar essa política e viemos aqui para que nos fosse apresentado um pouco dessa experiência. Não sou só eu que falo isso, mas todo o Brasil: chama à atenção a experiência do Acre com relação ao ZEE e queremos compartilhar isso”, declarou Shelley de Sousa Carneiro, secretário executivo do Coema/CNI.

Segundo o presidente da Fieac, Carlos Sasai, o tema Meio Ambiente, de grande relevância em âmbito mundial, já faz parte do dia-a-dia da população acreana, sobretudo a partir do Zoneamento Ecológico-Econômico, instituído há mais de uma década. “Desde 1999, o ZEE do Acre tem se destacado como uma das principais ferramentas utilizadas para orientar as políticas públicas da Amazônia, sobretudo pelo fato de sua elaboração ter contado com a colaboração dos diversos segmentos sociais presentes na sociedade acreana e das parcerias institucionais das esferas federal, estadual e municipal”, salientou o empresário.  

Sustentabilidade – Ao longo dos últimos 13 anos, com a instituição do ZEE, o Estado adquiriu expertise e respeito nos cenários nacional e internacional, em decorrência de suas boas práticas no manejo dos recursos florestais. A participação da produção de madeira oriunda de planos de manejo vem crescendo significativamente e hoje representa mais de 90% da produção florestal. “Isso exemplifica os resultados das políticas públicas adotadas pelo governo estadual, garantindo a sustentabilidade econômica do Estado por meio do incentivo à atividade florestal sustentável. Para nós, é uma grande alegria recebê-los aqui para poder compartilhar esses resultados”, afirmou a empresária Adelaide de Fátima, presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente, Recursos Naturais e Energia da Fieac e do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Acre (Sindusmad).

Representando o governador Tião Viana, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, ponderou que a iniciativa é resultado de um grande esforço do governo, nos últimos 13 anos, a fim de organizar a gestão da maior riqueza do Estado: sua floresta. “A ideia era conhecer bem nosso território, nossas potencialidades de extrativismo, tendo como base a sustentabilidade, de forma a mantê-las para as próximas gerações. Apesar de ser uma mudança de paradigma extremamente difícil, o Acre fez essa opção e já estamos numa fase bem avançada”, comemorou o secretário.

Uma das principais testemunhas oculares da elaboração do ZEE, e que também participou ativamente desse processo, foi o chefe geral da Embrapa/AC, Judson Valentim. Ele frisou que, para que uma iniciativa dessa natureza possa dar certo, é de fundamental importância a participação dos diferentes atores da sociedade, como instituições de pesquisa, setor público, entidades ambientais e, sobretudo, a iniciativa privada. “Com a experiência que temos no Acre, podemos mostrar que é possível unir competências para colocar à disposição do setor privado e, assim, acelerar o processo de certificação florestal. Ao possuir um organismo exclusivo para essas discussões, o Coema, CNI e Fieac mostram o quanto é importante que o setor privado participe ativamente dessas discussões. O ZEE do Acre foi elaborado dessa maneira e acredito que é esse o motivo de estar dando tão certo”, concluiu.
    
O que é Coema?
O objetivo geral do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) é formular diretrizes e estratégias que sirvam de base ao processo decisório e posicionamento político, econômico e social da CNI/Fieac na área de Meio Ambiente. Cabe ao Coema acompanhar e orientar ações de empresas industriais de modo a zelar pela imagem do setor como um todo em questões relativas ao desempenho e gestão ambiental, principalmente, através do fomento à adoção de normas ISO; formular linhas de ação para aumentar a competitividade das indústrias a partir da preservação do meio ambiente; estimular práticas voltadas para a ecoeficiência; promover debates com especialistas e autoridades na área ambiental sobre licenciamento ambiental, controle e qualidade ambiental, biodiversidade e florestas, tratamento e disposição de resíduos, entre outras; e acompanhar tendências e impactos relativos à questão ambiental em discussão no Congresso Nacional. (Assessoria)

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