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Greve da Ufac continua

Na última segunda-feira, o comando de greve da Universidade Federal do Acre (Ufac) apresentou a proposta de suspensão do movimento no sábado, dia 15, e o retorno das aulas na segunda-feira que vem, dia 17. Após assembleias em todo o país, o movimento nacional decidiu continuar a greve. Os professores recusaram a proposta do Governo Federal e não irão realizar nenhum acordo. Ainda estão paralisadas 54 entidades em todo o país há mais de 118 dias.
Gerson Albuquerque - F. Alexandre Noronha 223 1
Segundo Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve, a Ufac não pode sair da greve sem o apoio das outras universidades. “A deliberação é pela continuidade da greve. Ficaremos paralisados até construirmos unificadamente uma suspensão da greve. O que ocorre é que entendemos que o nosso sindicato fez uma greve unificada nacionalmente e não tem sentido nós aqui no Acre sairmos dela sozinhos. Tomamos uma certa preocupação de não apontar data da saída isolada, mas uma conjunta indicando o dia 15, só que no movimento nacional não foi aprovado. Foi decidido a continuidade e a volta das assembleias para construir propostas de suspensão”.

Será decidida nas próximas assembleias a data de suspensão do movimento. “Há um indicativo de suspensão da greve na segunda-feira, dia 17, a ser confirmado na assembleia. Na segunda terá um ato em todas as universidades e vamos aproveitá-lo para ratificar ou não a suspensão do movimento unificado. Recusamos o acordo, não nos subordinamos às tentativas do governo de intimidar a categoria e desmontar o movimento. A greve é um instrumento de luta importante, mas não é único.

Começamos um estado de greve, que é um outro instrumento que faz parte desse processo de resistência para conquistar aquilo que alvejamos”.

O estudante do curso de Veterinária Victor Mattos destacou que a greve é um movimento legal, mas que precisa ser encerrada. “Existe o direito de fazer greve, está dentro da legalidade e a causa é justa. Mas a partir do momento que encerrou o prazo de negociação com o Governo Federal, que já não cabe mais colocar o aumento dentro do orçamento deste ano e que os estudantes podem ter o ano letivo prejudicado, eles poderiam ponderar também se não é o momento de suspender o movimento. Deveriam deliberar uma suspensão da greve e voltar a negociar ano que vem junto com as outras categorias, tendo em vista que somente os professores estão em greve. O mais importante é que fosse definido um indicativo, algo de certeza”.

Marília Camargo Gurgel, acadêmica do 3º período de História afirmou que até certo ponto existe uma falta de respeito com a comunidade acadêmica. “Eu apoio os professores. As condições de trabalho que eles têm não são as melhores, só que eu acho que deveriam dar uma posição mais fixa. Muitos estudantes são de fora do Estado e quando foi anunciada a greve, eles foram para as suas casas. Quando falaram que as aulas iriam retornar, todos voltaram. Estamos com medo de perder o sem este, o ano. Não tem como mais conseguir algo para 2013, então uma nova greve deveria ser programada para o ano que vem, com data para começar. Todos devem lutar pelos seus direitos, mas por alguns motivos está faltando respeito com os alunos”, finalizou.

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