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Greve da Ufac pode chegar ao fim nos próximos dias, prevê comando

UfacccccA greve da Ufac pode chegar ao fim neste mês de setembro. Após várias tentativas de negociações, o Governo Federal sinalizou negativamente para os professores. Cerca de 54 universidades estão paradas há mais de 3 meses.

De acordo João Lima, do comando de greve da Ufac, as negociações com o Congresso Nacional não devem avançar. “O comando nacional nos encaminhou, no último comunicado, para mantermos e intensificarmos a greve. Por outro lado, ele reconhece que vivemos em um segundo momento. O projeto de lei que trata da carreira docente já foi enviado ao congresso desde o dia 31. Por outro lado, precisamos avaliar a conjuntura. Não temos uma confiança de que no congresso vamos prosseguir”.

Apesar da negativa do Governo Federal, os professores consideram a greve uma grande conquista. “A nossa assembléia manteve a posição de continuar na greve, mas já existe uma perspectiva de saída unificada dela, em resposta ao que a sociedade espera: que não sejamos intransigentes. Por outro lado, o movimento entende que ter ficado esse tempo todo paralisado enfrentando o governo é uma vitória, sobretudo porque fomos capazes de dizer não tanto ao acordo quanto à forma que fomos tratados. Chega uma hora que o movimento tem que ter a coragem e a responsabilidade de que agora temos uma adversidade maior”.

Um indicativo da saída da greve deve acontecer nos próximos dias. “Vamos amadurecer a ideia da saída unificada da greve, apontando uma data para que tenhamos um tempo necessário para avaliar em que condições vamos retomar as atividades, reprogramar calendários e discutir. Embora não tenhamos conquistado a carreira e alcançado os dois pontos principais da nossa pauta, pudemos, ao longo dessa greve, enfrentar uma conjuntura totalmente adversa das políticas neo-libeirais. A greve foi forte e continua, mas precisamos admitir que existe um limite”.

Agora, os professores vão aguardar até 2014 para retomar uma nova negociação. “Nada está perdido. Sinalizamos, em 2014, retomar as questões da nossa carreira. A defesa da universidade pública faz com que a gente se mantenha atento contra essas tentativas do governo em destruir a universidade. Com a responsabilidade do movimento nacional e local, por todo o mês, estaremos encaminhando a saída unificada da greve com uma posição política e retomar as atividades para não trazer mais prejuízos aos estudantes”.

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