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Índios ameaçam explodir uma ponte sobre a BR 364

Entre Comodoro, no Mato Grosso e a divisa com Rondônia, uma ponte de concreto sobre a BR 364, sobre o Rio Aricá Mirim, está correndo perigo. A ameaça é de que ela seja explodida. E foi feita por um líder indígena do Mato Grosso, que disse, com todas as letras, numa entrevista divulgada pela TV Candelária, que se as reivindicações dos índios não forem atendidas, a ponte irá pelos ares. E pode acontecer logo, segundo Genilson Kezomay, um dos líderes do movimento, no próximo dia 17 de setembro, quando haverá uma manifestação nacional dos indígenas. Eles já paralisaram o tráfego na BR 364 em Ji-Paraná e depois em Vilhena.

Dessa vez, isolaram durante longas horas os estados de Rondônia e Acre com o restante do Brasil. Centenas de caminhões, ônibus e veículos leves tiveram que parar antes do bloqueio, para não serem atacados pelos grupos indígenas que realizam o protesto. O que eles querem? Que não seja cumprida lei já aprovada no Congresso e orientada pela Advocacia Geral da União, que impede que o Incra – e só ele – continue determinando as áreas indígenas e entregando terras ao seu bel prazer.

Normalmente, os pleitos dos indígenas merecem ser olhados com carinho e atenção pelas autoridades. Em sua grande maioria, as tribos estão abandonadas à própria sorte, com exceção de caciques que andam de caminhonetas zero e bolsos cheios de grana, por negociarem com madeireiros  e garimpeiros ilegais. Mas, agora, as ameaças começaram a ficar mais sérias. Está na hora de acabar com essa esculhambação, liberar a BR, porque é crime fechá-la. (Sérgio Pires / Rondonia Dinamica)

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