A Polícia Federal de Cruzeiro do Sul arquivou, por falta de provas, o inquérito que apurou a transferência de títulos de eleitores de Cruzeiro do Sul para Porto Walter. Cerca de 300 eleitores que moram no Rio Juruá Mirim, que tinham títulos de Cruzeiro, resolveram ser eleitores de Porto Walter, no alto Rio Juruá.
Segundo o vereador Romário Tavares (PSDB), candidato à reeleição em Cruzeiro, a transferência prejudicou muitos candidatos. “Trezentos votos fazem muita falta em uma eleição municipal”. Romário preferiu não se manifestar sobre os boatos de que a transferência teria sido feita por meio de uma manobra do atual prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), para ‘ajudar’ o candidato do PMDB de Porto Walter, Zezinho Barbary.
O chefe de cartório da 4ª Zona Eleitoral, Wesley Barros, confirmou que houve a transferência dos títulos dentro do prazo previsto por lei, que acabou no dia 9 de maio, quando foi fechado o cadastro eleitoral. Ele explica que comunidade do Juruá Mirim fica exatamente na divisa entre os 2 municípios e que novas sessões foram criadas no local.
Segundo Wesley, para transferir o título o eleitor deve comprovar que já mora no local há 3 meses, o que só pode ser feito até o dia 9 de maio. “Todas as transferências foram feitas porque os eleitores comprovaram estar morando em Porto Walter. As pessoas podem ter feito confusão com esse fato porque o Juruá Mirim fica exatamente na divisa entre Cruzeiro do Sul e Porto Walter, mas a Polícia Federal investigou o caso e comprovou que não houve irregularidade”, conta ele.