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SEPMulheres ouve solicitações de trabalhadoras rurais e parteiras tradicionais

Uma equipe da Secretaria de Estado de Políticas par as Mulheres (SEPMulheres) esteve reunida na tarde desta quarta-feira, 19, na Vila Campinas, distrito de Plácido de Castro, com um grupo de mulheres da Associação de Microprodutores Rurais das Chácaras de Vila Campinas (Aprocamp).

O objetivo da reunião foi conhecer as principais demandas das trabalhadoras e trabalhadores rurais e parteiras tradicionais que moram na comunidade, os quais solicitaram o apoio da SEPMulheres. Cerca de 20 mulheres participaram da conversa realizada na área onde era realizada a feirinha. “Um exemplo das nossas necessidades é que um mês atrás houve um temporal aqui que destelhou o único local que temos para nos reunir e até agora não conseguimos a ajuda de ninguém”, disse a presidente da Aprocamp, Terezinha de Jesus Araújo.

Amine Carvalho, da coordenadoria de Inclusão Socioprodutiva da SEPMulheres, explicou ao grupo as atribuições da secretaria e a função de cada coordenadoria. “Viemos ouvir as reivindicações e tentar ajudar no que for possível, orientando e dando o encaminhamento adequado às necessidades das mulheres”, explicou Amine.

Segundo as produtoras rurais, é importante ter o maquinário adequado para o trabalho. Amine explicou que essa reivindicação já havia chegado à SEPMulheres. “Verifiquei com a Secretaria Estadual de Pequenos Negócios (SEPN) e fui informada de que estão fazendo levantamento de preços”, informou.

As parteiras tradicionais pediram um pouco mais de atenção para si. Elci Barros Estácio tem 65 anos de idade e 40 como parteira. Diz que a partir do 150º parto não contou mais. Na reunião, desabafou: “Precisamos de capacitação, de equipamentos e de outras coisas, como iodo e atadura. Queremos também ser reconhecidas, queremos poder ser respeitadas pelo trabalho que fazemos e já fizemos. Quando nos chamam, não vamos dizer ‘não’. Vamos e fazemos o nosso trabalho, mas, se tivéssemos tudo certinho, iria ser tão bom…”, disse ela, que também é mãe de 11 filhos.

“É importante que elas se organizem, façam uma associação das parteiras tradicionais para constar de fato e de direito que são parteiras. A SEPMulheres está lutando para que o Plano Estadual das Parteiras Tradicionais saia do papel. A secretária Concita Maia é a principal defensora das parteiras e tem lutado muito para que elas tenham todos os direitos reconhecidos, inclusive o Bolsa Parteira, como está no Plano”, enfatizou Amine Carvalho.

“Saber que tem alguém do governo que se preocupa com a gente, que veio ao nosso encontro para saber de que estamos precisando já é meio caminho andado. A SEPMulheres está nos apoiando e a Amine disse que vai ajudar a fazer a nossa associação das parteiras acontecer”, disse Terezinha Araújo.

Para a titular da SEPMulheres, secretária Concita Maia, é de fundamental importância que essas mulheres saibam que não estão esquecidas. “Estamos com elas, vamos conversar com as secretarias estaduais de Saúde, de Pequenos Negócios, de Extensão Agroflorestal, de Produção Familiar e todas as que forem necessárias. As produtoras rurais precisam trabalhar com dignidade, e as nossas parteiras, que dão humanização ao parto, precisam ser amparadas. E nós vamos ampará-las, para que elas continuem servindo de todo o coração”, finalizou. (Melissa Jares / SEPMulheres)

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