Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) aprovaram na última semana a deflagração de uma greve por tempo indeterminado. Até terça-feira, pelo menos 18 Estados e o Distrito Federal já estavam paralisados. No Acre, o movimento tem o indicativo para a próxima terça-feira, dia 25.
No Acre, os trabalhadores ainda não aderiram o movimento grevista. Segundo Suzy Cristiny, presidente do Sindicato dos Correios, a greve só irá começar quando não houver mais opção de negociação. “Alguns sindicatos entraram em greve no dia 11 e outros no dia 18. Os demais entrarão a partir do dia 25. Entendemos que é necessário esgotar as negociações para deflagrar uma greve, que é o último recurso. Não podemos banalizar o movimento, porque assim fica um prejuízo para a população, para a empresa e para os trabalhadores. No ano passado, ficamos paralisados durante 28 dias e tivemos descontos e compensação de trabalho”.
As reivindicações dos servidores dos Correios são antigas, explica a presidente. “A nossa pauta é muito extensa. Vai de reajuste salaria, do ticket alimentação e de outros benefí-cios, além das condições de trabalho contra a precarização dos serviços e mais contratações. Aprovamos aqui no Acre, em assembleia, uma contraproposta de 10,5% e um reajuste de R$ 100. Estamos torcendo para que possa ser apresentada uma proposta pelo menos aproximada desta que reivindicamos. Temos perdas acumuladas de 43%. Estamos há muitos anos lutando por essas questões. Não é de hoje. Este problema é uma bola de neve que vem se arrastando há cerca de 5 anos”.
Caso a greve seja realizada, vários serviços serão prejudicados. “Sendo deflagrada, a greve servirá para toda a categoria. Desde carteiros, atendimento nas agências e setor administrativo, todos estão incluídos. É claro que sempre deixamos os 30% previstos em lei trabalhando”, concluiu Suzy.