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Universidade Federal do Acre deve retomar aulas na próxima segunda

Ufac1109A greve da Universidade Federal do Acre (Ufac) está próxima do fim. Há mais de 117 dias parados, as assembléias nacionais estão propondo a suspensão do movimento no sábado, dia 15, e o retorno das aulas na segunda-feira que vem, dia 17. Os professores recusaram a proposta do Governo Federal e não irão realizar nenhum acordo. Ainda estão paralisadas 54 entidades em todo o país.

Os professores pediam a reestruturação da carreira e melhoria nas condições de trabalho, afirmou Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve da Ufac. “O que o governo fez foi tentar ‘subornar’ a consciência dos professores. Sabemos que havia a posição de intransigência desde o início, deixando claro que não negociava com o trabalhador em greve. A força do movimento obrigou o governo a voltar atrás, quando eles apresentaram uma proposta de R$ 4,2 bilhões e que nós recusamos, mesmo tendo consciência que foi o resultado da nossa luta. Não entramos em greve por aumento de salário, mas sim por uma carreira reestruturada e que, de fato, atenda e valorize o professor universitário. Não estávamos com disposição de assinar um acordo que representa o desmonte da universidade e da nossa carreira. A recusa significa um repensar. Vamos retomar as aulas em respeito aos alunos e à sociedade”.

Caso um acordo fosse assinado, os professores só poderiam reivindicar por melhorias em 2016. “Vamos manter o estado de greve, a mobilização, o debate com a sociedade e informar aos alunos o que está acontecendo. A partir do ano que vem, em março, vamos retomar o debate com o governo, esperando que tenham sensatez de sentar na mesa com o nosso sindicato. Essa é uma estratégia que tem predominado nas universidades vinculadas ao Andes. Esperamos ter a capacidade de manter essa mobilização e que o governo se torne sensível, porque não ouviram o nosso acordo. Não nos interessa ficar em uma queda de braço”, explicou Gerson.

A partir de agora, os semestres serão reprogramados e o calendário acadêmico irá passar por uma reformulação para que as aulas tenham início. “Mais de 100 reuniões de entidades científicas no Brasil se manifestaram favoráveis à nossa greve. Tivemos apoios importantes da sociedade, do Congresso Nacional. Agora é a hora de colocar a luta em outro patamar e voltar às atividades, num processo de diá-logo, e mostrar ao governo que não assinamos acordo nenhum e que não somos signatários daquilo que vai nos ‘amordaçar’. Em março de 2013 estamos nas ruas”, concluiu.

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