O caminhoneiro Arthur Pereira Roque Neto, 65 anos, foi vítima da imprudência de um policial militar na noite do último dia 15 que durante uma abordagem a um suspeito findou promovendo um tiroteio em que o caminhoneiro foi atingido com um tiro destruindo a tíbia da perna esquerda da vítima.
De acordo com informações da família do caminhoneiro Arthur Neto foi atingido com um tiro numa das pernas, há uma semana, durante uma perseguição, segundo a sua família, desastrada de policiais militares, na via Chico Mendes, no Segundo Distrito de Rio Branco.
A vítima estava abastecendo seu caminhão num posto de combustível da via Chico Mendes, quando os policiais chegaram à procura de alguém que teria fugido, e que estaria estacionado também no posto.
“Eles disseram que o cara do tal veículo teria jogado o carro para cima deles”, relata Artêmia Maria Medeiros, filha do caminhoneiro.
Em seguida o tal motorista, ao perceber a presença dos policias no posto, teria feito uma manobra brusca e fugido da guarnição.
“Foi neste momento, que eles atiraram e atingiram meu pai que não tinha nada a ver com a situação”, conta Artêmia Medeiros.
Ferido, o caminhoneiro foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU e encaminhado ao Pronto Socorro de Rio Branco, onde foi submetido a uma cirurgia e continua internado.
Segundo Kairon Rafael Roque filho da vítima, quando ele chegou ao posto, o pai ainda estava sendo atendido dentro da ambulância do Samu. Ao perguntar sobre seu pai, no entanto, um policial o teria agredido e ameaçado sacar uma arma.
“Agora, vamos pedir uma indenização na Justiça, porque meu pai era quem sustentava a família. O médico disse que ele pode levar de oito meses a um ano sem andar por causa da fratura”, ressalta Roque.
Comando da PM diz que policial foi preso e responderá processo em liberdade
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Comando Geral da Polícia Militar, o policial que teria efetuado o disparo foi preso no mesmo dia da ocorrência, e na última terça-feira, 18, por força de um Habeas Corpus deferido pelo Juiz, ele foi liberado para responder o processo em liberdade.
Ele responderá por disparo de arma de fogo em local impróprio e habitado, e por ter atingido um cidadão provocando lesão corporal.