O clima é de muita tensão para os policiais militares que residem e trabalham na região do Segundo Distrito.
Na noite desta quarta-feira, 26, o Sargento Abel Amorim que reside na Travessa Coelho, bairro Areal e que presta serviço no 2º Batalhão foi vítima de uma emboscada quando chegava em casa e quatro homens que estavam em um veículo Corsa de cor prata em frente a residência do militar desceram do carro de arma em punho, mas o policial conseguiu sacar a pistola e se proteger em um murro e para sorte do militar uma guarnição passava na rua e ele gritou por socorro.
Ao perceber a presença de outros militares os quatro homens entraram no veículo e fugiram.
A guarnição pediu reforço e iniciou perseguição na região do 2º Distrito na tentativa de prender os suspeitos que conseguiram fugir.
Temendo pela vida da família o militar decidiu abandonar a casa e levar a mulher para outro endereço.
Guarnições de vários batalhões e Batalhão de Operações Especiais – BOPE foram deslocadas para garantir a segurança do militar enquanto ele retirava as roupas de casa e se mudava do bairro.
O confronto entre policiais e criminosos na região do Segundo Distrito teve início da noite de segunda-feira, 24, quando quatro homens armados efetuaram seis tiros que atingiram o Sargento Everaldo Santos que foi atingido quatro vezes.
Essa emboscada teria sido motivada por vingança em represália a uma ocorrência policial em que Jhonata Rodrigues teria desobedecido à ordem de parar em um bloqueio e foi alvejado com um tiro disparado por um policial militar.
Dois dos quatro homens que teriam participado da tentativa de homicídio contra o Sargento Everaldo foram presos na madrugada de terça-feira, 25. E na noite de quarta-feira uma nova ação criminosa contra outro um sargento da Polícia Militar.
A Polícia acredita que a ação desta quarta-feira, ainda é em consequência da vingança de traficantes contra a ação policial no combate ao crime naquela região.
Representante dos Direitos Humanos diz que emboscada é fantasia de policial para desviar a atenção das autoridades
Jocivan Santos, coordenador do Movimento dos Direitos Humanos no Acre, constestou a versão do sargento Abel Amorim, afirmando que suposta emboscada seria fantasia do militar para desviar a atenção das autoridades para as atrocidades que policiais militares do 2° Batalhão estaria promovendo contra a comunidade do Recanto dos Buritis.
“Nesta sexta-feira, 28, estaremos reunidos com o Secretario de Segurança, onde vamos informá-lo do terror implantado pelos militares do 2º Batalhão e pedir a imediata substituição do comandante que já perdeu o controle sobre os seus comandados. No bairro Recanto dos Buritis, a Polícia Militar decretou o toque de recolher, usa da violência e truculência contra os moradores e o comandante não faz nada para coibir as ações. Os moradores não suportam mais a onda de violência dos militares que espancam qualquer cidadão que encontre na rua” afirmou Jocivan.