O governador Tião Viana e o governador do Departamento de Pando, na Bolívia, Luis Adolfo Flores Roberts, pactuaram na tarde do dia 7 deste mês, no Gabinete Civil, a proposta de cooperação técnica na área de segurança, por meio da Agência Brasileira de Cooperação. Segundo a chefe do Gabinete Civil, Márcia Regina, a proposta foi um encaminhamento do Seminário Trinacional entre Brasil, Bolívia e Peru, realizado em Rio Branco, no mês de junho. A ideia é avançar na área de segurança com a efetiva troca de informações e conhecimentos.
“Somos povos amigos, vizinhos. As fronteiras são cicatrizes da história e espero viver uma época em que as fronteiras não serão mais barreiras. Espero que esta integração nos fortaleça. Precisamos romper com o tráfico e só romperemos se houver união. Não queremos crescer sozinhos, queremos crescer juntos”, disse o governador Tião Viana, que defende a possibilidade dos recursos do Fundo Amazônia serem destinados também a outros países amazônicos. O governador falou dos mais de R$ 2 billhões que estão sendo investidos no Acre, no fortalecimento da área produtiva, e colocou a disposição do Departamento de Pando a capacidade técnica do governo no setor de produção.
O governador de Pando agradeceu a amizade que Tião Viana tem pelo povo vizinho. “Estamos construindo muitos caminhos que nos ligam ao Brasil e ao Peru e estes caminhos são usados por pes-soas boas, mas também por pessoas más. Precisamos de uma política mais agressiva contra o tráfico, contra a violência e por isso estamos investindo em infraestrutura e capacitação. Esta cooperação é essencial para nós”, comentou Luis Adolfo.
A proposta acreana tem base numa das ações da presidente Dilma. O Governo Federal lançou, no último 29 de fevereiro, no Palácio do Planalto, o Programa de Cooperação Técnica Descentralizada Sul-Sul, cujo objetivo é estimular estados e municípios brasileiros a desenvolverem projetos de cooperação técnica em benefício de seus homólogos nos países em desenvolvimento.
“Esta é uma cooperação técnica oferecida pelo Brasil que não exige nenhum outro tipo de cooperação em troca. É no sentido de fortalecer e integrar”, observou o secretário de Segurança Pública do Acre, Reni Graebner.
A cooperação técnica se caracteriza pela transferência de conhecimentos, capacitação de recursos humanos, emprego de mão de obra local e pela concepção de projetos que reconheçam as peculiaridades de cada país. A proposta pactuada no Acre tem um custo de U$ 152 mil e o objetivo é ampliar a capacidade operativa da Polícia Nacional da Bolívia no Departamento de Pando. Serão capacitados 40 policiais do Departamento de Pando. (Agência Acre)