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Promotor de Feijó pede novas prisões no caso do desvio de dinheiro do FPM

DindimO promotor de Feijó, Bernardo Albano, afirmou ontem que vai pedir as prisões de pessoas ligadas à Prefeitura de Feijó que fariam parte do esquema de desvio de dinheiro do Fundo de Participação do Município (FPM). A fraude seria liderada pelo vereador Ronelsom (PSD), preso em flagrante ontem, quando recebia R$ 21 mil de um prestador de serviços da prefeitura de Feijó. O Executivo Municipal pagava por serviços não executados, com recursos do FPM, e parte do dinheiro era repassado para o vereador. Ontem, foram presos o secretário de Finanças do município, Alberto Portela, e o contador Tarcisio Cavalieri. E mais prisões devem acontecer.

De acordo com investigações do delegado Roberth Alencar, que fez a prisão em flagrante, há indícios de que o dinheiro seria usado por Ronelsom para a ‘compra de votos’. Vale destacar que o vereador tucano é candidato à reeleição.

Bernardo Albano diz que da casa do vereador e da prefeitura foram recolhidos muitos documentos e computadores. A perícia deve durar 1 mês, mas ele já viu vários documentos que comprovam que contratos de prestação de serviços eram feitos sem licitação. Quanto à possibilidade de o prefeito ‘Dindim’ ser preso, o promotor diz que, por enquanto, não pode se manifestar, mas também não descarta nenhuma hipótese. Ele afirma que novas prisões serão feitas em Feijó ‘até nas próximas horas’.

O promotor também afirma que, quando preso, o vereador iria pegar uma embarcação e subir o Rio Envira, onde seguramente o prefeito Dindim já estava. Os 2 seriam primos.     

De acordo com o promotor, um homem chamado Francisco Ribeiro de Souza o procurou e denunciou o esquema liderado pelo vereador: para receber o restante do dinheiro da prefeitura, pela limpeza da cidade, Francisco teria que repassar uma quantia para o vereador, neste caso, R$ 21 mil. Segundo o promotor, o serviço não tinha sequer contrato, só 2 minutas e, em ambas, a assinatura de Francisco havia sido adulterada e falsificada. Além do mais, o contrato, que deveria ter sido feito entre a prefeitura e uma empresa foi feito entre o executivo e Francisco, como pessoa física, de forma direta.
“Seu Francisco é uma pessoa humilde, que percebeu que o esquema era irregular e nos procurou. A partir daí, fizemos contato com a polícia e o vereador foi preso”, relata.  

A prisão em flagrante do vereador Ronelsom já foi convertida em preventiva e ele continua no presídio de Feijó. “Esse caso que veio à tona é só um dos muitos que ocorreram na prefeitura do município. Para o esquema dar certo, alguém da prefeitura, e com poderes, facilitava tudo. Por isso, novas prisões serão feitas”, conclui o promotor.

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