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Secretário de Finanças de Feijó é solto após fazer acordo com Ministério Público

O esquema de superfaturamento de obras e serviços e o desvio de dinheiro do Fundo de Participação do Município (FPM) na Prefeitura de Feijó e até o uso destes recursos para campanhas eleitorais deve ser revelado nas próximas horas, pelo secretário de Finanças Alberto Montefusco. Ele foi solto terça-feira, depois que concordou em colaborar com as investigações do Ministério Público e ‘entregar’ todo o esquema.

Segundo o promotor Bernardo Albano, a prisão de Montefusco foi convertida em medida cautelar e ele não pagou fiança para ser liberado.  O ex-secretário não poderá deixar a cidade, nem voltar a trabalhar na prefeitura. Ele deverá se apresentar em juízo mensalmente. “Na primeira oitiva, Alberto não falou. Mas, em seguida, orientado pelo advogado, concordou em detalhar o caso”, esclarece o promotor.

O promotor diz ainda que os técnicos do Tribunal de Contas do Estado já estão em Feijó verificando documentação da prefeitura e auxiliando o trabalho do Ministério Público, na análise dos dados coletados até agora.
Alberto Montefusco foi preso junto com o contador da Prefeitura de Feijó, Tarcísio Cavallieri. Os dois, junto com o vereador Ronelsom, superfaturavam serviços e desviavam recursos do FPM. Há indícios de que parte do dinheiro seria usado na campanha de Ronelsom. No dia da prisão, o vereador iria se encontrar com o prefeito Dindim, no Rio Envira.

 Nesta quarta-feira pela manhã, o prefeito Dindim, que estava em campanha no Rio Envira, voltou a Feijó. Ele acusou o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de serem ‘parciais’ e tentar prejudicá-lo. Dindim anunciou que vai exonerar Alberto Montefusco e Tarcísio Cavallieri de seus cargos.

O prefeito acusou, ainda, as duas instituições pelo atraso no pagamento dos funcionários públicos municipais. Segundo ele, com os computadores apreendidos e a prisão dos secretários, não há como fazer o pagamento referente ao mês de setembro do funcionalismo.

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