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Marketing de rede já pode fazer o primeiro milionário em 2013

Há uma nova febre no setor de vendas no Acre. Trata-se de um novo ciclo do marketing multinível (mais conhecido como marketing de rede). As marcas que são a sensação do momento são Telex free e Up!. Nas reuniões para explicar o funcionamento do trabalho centenas de pessoas são mobilizadas.
Freee1Centenas de acreanos aderem às vendas e serviços em rede e ajudam a mudar o perfil do trabalho no Acre
Elas lotam salões e auditórios em busca de aprender a acumular dinheiro de uma maneira incomum para os padrões locais. Na semana que passou, a Telex free fez duas reuniões. Uma no salão do Afa Jardim e outra no auditório da Escola Armando Nogueira. Nos dois encontros, o público lotou os espaços.

A Telex free é uma empresa norte-americana que atua há 10 anos no mercado de telefonia e publicidade. O primeiro produto com apelo comercial da empresa foi uma espécie de cartão de crédito para fazer ligações telefônicas com 80% do valor convencional. O aperfeiçoamento da presença na web utilizando o sistema voip foi mais uma inovação.

O pacote de serviços para quem tem a linha telefônica é um produto secundário. Mas, um novo software da empresa permite ao usuário falar ao telefone por um preço muito mais barato com uma taxa fixa. Esses produtos de telefonia servem de motivo para outros tipos de investimento.

O oficial de Justiça, Shawke Lira Sandra, de 36 anos, foi o primeiro no Acre a descobrir isso na prática. Ele é funcionário público, mas cansou de viver da economia do contra-cheque. “Eu posso ser cliente e também divulgador da empresa na web”, ensina Shawke. Há quatro meses, ele investiu R$ 6 mil na ideia. Nesse período, ele já cobriu o investimento e embolsou R$ 87 mil de retorno: o que resulta em uma média de R$ 21 mil por mês.

Em um contrato de um ano, o usuário consegue ter o retorno do investimento, em média, em quatro meses. “Um dos fatores que me chamou atenção foi que a empresa deposita diretamente na minha conta. Há outras empresas de marketing de rede que precisa-se de consumir um determinado produto para poder ter rendimento. Na Telex free não é assim”, diferencia Shawke. “Eu não preciso comprar nada de ninguém e nem vender. O que eu preciso é apenas divulgar a empresa na internet. Agora, é claro que se eu aumentar a minha rede de associa-dos eu ganho mais dinheiro”.

Uma postagem diária na internet é a tarefa diária que o associado da Telex free. “Existe desconfiança em relação ao trabalho porque outras empresas de marketing multi nível já vieram para cá e não deram certo e também porque a internet ainda não é explorada comercialmente com todo seu poten-cial. É isso que estamos ajudando a fazer: ganhar dinheiro na rede de computadores”.

“Meu primeiro milhão”
O plano inicial básico é de R$ 606,97 (US$ 299). Isso dá direito a ser um franqueado e já permite que outras pessoas façam parte da rede como franqueado. “Todos os dias fazendo as postagens na web, eu tenho o meu investimento de volta”, assegura o oficial de Justiça. “Os outros oito meses são de puro lucro”.

Shawke pediu licença do Tribunal de Justiça para se dedicar exclusivamente ao trabalho na Telex free. “Daqui a um ano eu quero está ganhando o meu primeiro milhão”.


Região Norte é destaque na rede Up Essências

A Up! Essências é outra empresa de marketing multinível que tem se espalhado pelo Acre. Cleonice Barbosa de Melo que o diga. Ela e mais duas outras pessoas conquistaram espaço e hoje tem lugar de destaque em um seleto grupo de investidores.
Freee2Up Essências dá 100% de lucro na venda de perfumes
A Up é uma empresa que vende perfumes com essências clássicas, importadas como insumo da França e envasadas no Brasil. “É um produto brasileiro”, destaca a vendedora. “A Up não é algo só meu. Só há sentido se eu ajudar as outras pessoas a também a crescer profissionalmente”.

 

A divisão da rede na empresa tem os seguintes níveis: Bronze, Prata, Ouro, Rubi, Dia-mante, Duplo Diamante, Triplo Diamante e Ônix. Em cada uma dessas etapas, aumenta-se o número de associados à rede com o compromisso de também aumentar o volume de consumo de perfumes.

Cleonice conquistou o grau de diamante em apenas quatro meses de trabalho. “Não há uma pessoa em grau de diamante que tenha renda menor que sete mil reais”, adianta.

Está no Norte do país o único associado da Up que conquistou o grau Triplo Diamante. Para as integrantes da rede Up, o nome César Pimenta, o triplo diamante de Manaus, é falado com certo brilho nos olhos.

A Up é uma das poucas empresas que repassam para os associados 100% das vendas dos perfumes. “Isso aqui é uma atividade de liderança. Faço tudo da minha casa por meio da internet e não fico vendendo de porta em porta”, ensina. “É preciso dar apoio aos integrantes da sua rede porque você só aumenta seus rendimentos se eles aumentarem o rendimento deles também”.


Vidronorte apresenta novos produtos

 

ITAAN ARRUDA
A Vidronorte, empresa com 30 anos de atuação no mercado regional, investiu R$ 600 mil na aquisição de uma bizeladoura italiana. A empresária Eliana Maia tentou, mas não teve apoio de instituições bancárias para reforçar o capital da empresa. O prazo de retorno do investimento é estimado entre três e quatro anos.
Freee3Novos produtos podem ser oferecidos sem importação
A empreendedora teve que comprar terreno e ampliar as instalações para receber o maquinário importado. A bizeladoura estava encaixotada há um ano esperando a estrutura adequada para ser montada.

“Com essa máquina nós vamos poder oferecer uma série de novos produtos que antes comprávamos de outros estados”, comemora a empresária Eliana Maia. “E isso pode ter reflexo direto na redução do preço”. A empresária calcula que a redução do preço, por não ter que fazer o pedido fora do Acre, deve ser em torno de 50%.

As possibilidades de quebra do produto comercializado de outro estado, a demora na entrega (chegava a demorar até 30 dias) deixava vulnerável a empresa e os clientes. “Agora, tudo isso praticamente acabou”, afirma a empresária.

Um dos produtos mais pedidos é o “espelho bisotado”. O objeto é muito usado em banheiros planejados. O bisotamento é uma espécie de desnível regular em toda extremidades do espelho. Dá um aspecto diferente ao produto e valoriza a figura central refletida.

A Vidronorte é distribuidora exclusiva da Blindex. Uma marca exibida com orgulho pela empresária. “Eu não compro vidro da Venezuela”, compara a empresária para definir o cenário competitivo que se forma no comércio de vidros no Acre. “Se eu posso comprar o vidro no Brasil por que eu vou comprar na Venezuela?”, pergunta. Eliana Maia garante que o produto brasileiro é superior ao venezuelano.

O bizeladoura exigiu formação de mão de obra de parte dos 26 funcionários. “Mas, não investimos em formação apenas por causa do maquinário novo”, ressalta Maia. “A formação de mão de obra é periódica”.

Empresária anuncia construção de forno
Um dos capitais mais caros de uma empresa de beneficiamento de vidro é o forno. A Vidronorte comprou, com recursos próprios, uma área no município de Senador Guiomard. “Tudo foi feito com planejamento e esforço da nossa própria equipe”, orgulha-se a empresária. “Não devemos favor e nem dinheiro a ninguém”.

A empresária não antecipa quanto será investido na amplia-ção dos negócios em Senador Guiomard. Só um dos maquinários que será instalado na nova unidade é calculado em R$ 1,5 milhão. A expectativa é que a inauguração ocorra em 2013.


ENTREVISTA

Empresários têm 30 dias para responder Operação Pitágoras

 

ITAAN ARRUDA
A Receita Federal está fechando o cerco contra empresas que utilizam a Área de Livre Comércio para burlar a legislação tributária. O órgão de Estado já enviou cartas para as empresas que têm 30 dias para responder e se autoregularizar.

Caso não o façam, a multa de 225% dá o tom de como os 18 anos de prejuízos para os cofres públicos.

A delegada da Receita Federal, Tatiana Vieira Pereira Roques, é um dos novos talentos que cuida dos cofres da rainha. A auditora fiscal despreza os fatores políticos na condução dos trabalhos e avisa: se as empresas não se auto-regularizarem no prazo legal, a Receita vai autuar. “A Receita Federal é um órgão de Estado. Não é um órgão de Governo”, avisa.

Em uma entrevista exclusiva, Roques recebeu o Acre Economia para explicar os detalhes da Operação Pitágoras que promete agitar o natal de muitos empresários da região.

Freee66Com a atuação irregular dos empresários, prejuízos para os cofres públicos são estimados em R$ 10 milhões
Acre Economia_ Que operação é essa e por que ela foi necessária?
Tatiana Roques_ Aqui no Acre tem as áreas de livre comércio que estão presentes nas cidades de Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul. Existe uma lei que define Brasileia como Área de Livre Comércio e estende para Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul também. Quais são os benefícios de uma área de livre comércio? Ela pode importar e exportar sem cobrança dos tributos que normalmente são cobrados em operações de importação e exportação. Uma Área de Livre Comércio vai importar alguma coisa: ela deveria pagar imposto de importação, PIS/CONFINS se não fosse área de livre comércio. Em uma Área de Livre Comércio esses tributos ficam suspensos. Se esses produtos forem consumidos na Área de Livre Comércio esses tributos não são cobrados.

Acre Economia_ E se eles não forem consumidos na Área de Livre Comércio?
Tatiana Roques_ Se eles forem enviados, por exemplo, para Rio Branco, o tributo que estava suspenso tem que ser cobrado normalmente como se ele viesse, desde o início, sendo importado diretamente para Rio Branco.

Acre Economia_ Qual a irregularidade cometida?
Tatiana Roques_ As empresas usam do benefício que elas têm por estarem em Área de Livre Comércio importam para Área de Livre Comércio dizendo que vai ser consumido lá e manda para Rio Branco sem informar isso. Elas não informam, não recolhem o tributo e passam para Rio Branco.

Acre Economia_ Há quanto tempo está assim?
Tatiana Roques_ Essa lei da Área de Livre Comércio especificamente para isso é de 94. É uma legislação bem antiga. Isso aí, desde que existe o benefício, tem empresa burlando. Estamos cruzando dados, fazendo fiscalização e agora, com essa operação especial… o que é a operação especial? Nós damos a oportunidade de regularizar antes que seja aberto um procedimento fiscal propriamente dito.

Acre Economia_ Qual prazo as empresas têm para responder à operação especial?
Tatiana Roques_ A operação especial [Operação Pitágoras]… nós mandamos uma carta solicitando esclarecimento. Normalmente, a empresa tem 30 dias para apresentar os esclarecimentos.

Acre Economia_ Já foram mandadas, as cartas?
Tatiana Roques_ Já começamos a mandar. A Operação Pitágoras começou essa semana. Se as empresas não esclarecem… nesse prazo, elas podem tanto esclarecer quanto podem retificar. Elas podem falar: ‘Eu estou fazendo errado e vou retificar e vou pagar tudo o que eu estava devendo’.

Acre Economia_ [risos]
Tatiana Roques_ Qual é a vantagem da empresa retificar enquanto está em operação especial? Se ela não retificar, e nós temos informação de que está errado, nós dizemos: ‘Você está devendo tanto e vai ter que pagar com multa de 225 por cento’, que é a multa aplicada quando se tem a detecção quando há dolo ou fraude.

Acre Economia_ Essa multa remonta a 94?
Tatiana Roques_ Não. A Receita só tem direito de cobrar de cinco anos para cá. Nós vamos analisar os dados referentes a cinco anos. E aí é uma multa referente a todas as operações realizadas nesses cinco anos. Então, quando se faz uma operação especial é interessante a empresa regularizar. É como se nós tivéssemos avisando: ‘Nós sabemos que você tem erro. Retifica ou nós vamos ter que abrir uma fiscalização’.

Acre Economia_ Que benefícios o empresário perde quando não retifica no prazo?
Tatiana Roques_ Acaba o que nós chamamos de ‘espontaneidade’ que trata-se da retificação por conta própria. Quando acaba a espontaneidade, o empresário perde a chance de se corrigir por conta própria. ‘Agora, nós vamos retificar o que deveria ter sido feito e vamos cobrar multa de 225 por cento’.

Acre Economia_ Nós estamos falando de quantas empresas?
Tatiana Roques_ O número nós não informamos para mão identificar o contribuinte. Esse número é um dado sigiloso. Faz parte do processo da operação especial.

Acre Economia_ Não chega nem a 30?
Tatiana Roques_ É sigiloso [enfática]

Acre Economia_ Qual o prejuízo disso para os cofres do Governo Federal?
Tatiana Roques_ Existe estimativa de dez milhões de reais nesses cinco anos. Normalmente, isso se supera.

Acre Economia_ O que explica a Receita Federal executar a Operação Pitágoras somente agora?
Tatiana Roques_ Esses dados vão sendo acompanhados durante um certo tempo. Não significa que nesses cinco anos não tenha havido fiscalização. Agora, vamos dar oportunidade da empresa se autoregularizar antes de ser fiscalizada.

Acre Economia_ Mas, me parece que agora o cenário é de cerco. A Suframa também vai abrir uma unidade de fiscalização no Alto Acre.
Tatiana Roques_ Vai-se amadurecendo o conhecimento da dinâmica. O cruzamento de dados leva um tempo para se efetivar. Estamos cruzando dados também com a Sefaz [Secretaria de Estado de Fazenda]. Na Receita Federal como um todo. Se se analisar hoje com um tempo atrás, ela implementa seus mecanismos de fiscalização. Por exemplo, Imposto de Renda: antes, muitas pessoas colocavam os seus dependentes e não ficavam na malha. Hoje, ficam. Por quê? Porque se implementou e aperfeiçoou o sistema. Então, com o passar do tempo, a Receita vai tendo conhecimento maior das operações que são feitas de forma ilegal e vai se estruturando e vai melhorando a fiscalização. É um crescente.

Acre Economia_ A Operação Pitágoras dura até quando?
Tatiana Roques_ Com o envio das cartas, o pessoal tem 30 dias para regularizar. Não havendo regularização, a expectativa é de já se abrir as fiscalizações já a partir de dezembro.

Acre Economia_ A senhora tem consciência de que algumas empresas podem se inviabilizar com isso?
Tatiana Roques_ Os empresários utilizam essa queixa: ‘Ah! Pagar tributo corretamente é inviabilizar o negócio’. Nós não podemos fazer vista grossa. A Receita Federal é um órgão de Estado. Não é um órgão de Governo. Nossa função não é viabilizar negócios e sim atender os dispositivos da lei. Queremos cumprir a nossa função. Se nós vamos inviabilizar negócios podemos estar favorecendo empresas que estão corretas e que estavam com problema de concorrência.

Acre Economia_ Que injustiças a Operação Pitágoras tenta corrigir?
Tatiana Roques_ O empresário que recolhe devidamente os seus tributos sofre um problema de concorrência não porque ele tenha um preço elevado. O problema é que ele atende aos requisitos da lei e o concorrente dele não. A competitividade fica prejudicada. Outra injustiça reflete na própria sociedade na forma de diminuição de investimentos em serviços. Pode-se argumentar que há desvio de finalidade no uso de recursos públicos, mas aí já é outro problema que não diz respeito diretamente à missão da Receita Federal.


Com crescimento estimado em 7%, Peru atrai investimentos de países árabes

 

ITAAN ARRUDA
Técnicos do governo perua-no calculam que a economia do Peru vai crescer em torno de 7% este ano. A estimativa é que a tendência manter esse nível de crescimento também para 2013. Com essa sustentabilidade economia, o país é um dos que mais cresce na América Latina e chama atenção de bancos orientais.
Freee4Estabilidade da economia peruana e o crescimento de 6% ao ano chamam atenção de investidores orientais
Na 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul-Países Árabes, realizada há 10 dias em Lima, o presidente Ollanta Humala pediu transferência de tecnologia e investimentos para a região. Humala já foi atendido.

Na sexta-feira, o jornal El Comercio, uma das mais importantes publicações de Economia do país já noticiava que “empresários árabes e asiáticos do setor bancário estão interessados e ingressar a operar no Peru devido à estabilidade do seu sistema financeiro e ao crescimento sustentável de sua economia”.

O jornal credita o raciocínio ao presidente da Associa-ção de Bancos, Oscar Rivera. O cargo é equivalente ao presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Riveira, segundo o jornal peruano, já deu outros indicativos de investidores poderosos para a região. “Existe o desejo de entidades financeiras da China e da Corea do Sul”, assegurou.

Um setor que tem dado sustentabilidade ao crescimento peruano é o da construção civil. E há uma peculiaridade no investimento peruano: é o interior do país que garante a força do setor.

No geral, os investimentos públicos em projetos de infraestrutura têm um aumento anual calculado em 17,8%, o que gerou um volume de US$ 1,6 bilhão. O cálculo é da consultora Maximixe.

De acordo com a consultora, a execução dos projetos teve 32,9% de participação dos governos locais (municípios) e governos regionais incrementaram a economia em 23,3% (governos municipais). Enquanto no interior, o cenário é de aquecimento, os investimentos do governo central e projetos de infraestrutura tiveram desempenho negativo de 7,3%.

Para reforçar esse cenário, o jornal exemplifica que o departamento de Cusco, só no mês de setembro, “liberou a execução orçamentária de 11,7% do que foi planejado”. A empresa de consultoria estima que o volume de investimentos públicos em infraestrutura cresceu, de janeiro a setembro deste ano, algo em torno de 29,2% a mais que o mesmo período do ano passado. E deve executar 84,8% do que foi planejado. São números expressivos e que demonstram tendências de investimentos externos.

Algodão
O Brasil deve se manter como um país estratégico para o Peru. A indústria têxtil do Peru há 40 anos abastece o mercado norteamericano com as fibras longas e extra-longas. O Brasil também mantém relações comerciais com o Peru neste setor. O seleto e exigente grupo de marcas como Halph Loren, Lacoste e Armani utiliza o algodão peruano.

Os economistas do Peru estimam que, pelo menos nos próximos cinco anos, as relações comerciais com o Brasil vão se manter fortalecidas.

NOTAS ECONÔMICAS

Quase
O esforço de parecer que a máquina estatal “não parou” em função das eleições foi grande. Mas, ficou no esforço. O único setor que estava com produção em série era o Depasa em função do estratégico programa de pavimentação de ruas nos bairros.

Nobres
Na Aleac, a situação não era diferente. A assessoria de imprensa da Casa se redobrava para melhorar a imagem dos nobres do parlamento. Mas, era difícil, com o rotineiro quórum mínimo e urucubaca no sistema de condicionamento de ar.

Suspiro
O suspiro de 1,5% da indústria em agosto em relação ao mês anterior chegou em boa hora boa para os candidatos oficiais. Nos grandes centros industriais, bem entendido.

Cena triste I
Passar em frente a ZPE e vê-la novinha, prontinha e parada é uma cena triste. De acordo com representante do Conselho Nacional das ZPE’s presente na Conferência de Desenvolvimento Regional, o projeto da ZPE acreano custou R$ 25 milhões aos sofres públicos.

Cena triste II
Tudo o que foi preciso o Governo do Acre fazer para que o empreendimento se efetivasse foi feito. A ZPE do Acre, aliás, é um bom exemplo de como uma ação de governo, quando tem continuidade, tem tudo para dar certo.

Preço alto
O problema é que a indústria local paga um preço alto por estar no Acre. Alfandegada, a ZPE do Acre está pronta para operar. O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) com alguns planos de negócio em avaliação, mas até agora, nada.

Pressão
Com popularidade em alta regular, a presidente Dilma se fortalece para reeleição. Vai exigir resultados concretos do setor industrial. Deve aumentar, portanto, a pressão por parte do Gabinete Civil da Presidência sobre o CZPE’s: as outras ZPE’s espalhadas pelo país ainda não estão alfandegadas, mas podem fazê-lo e ficam naturalmente em vantagem frente à estrutura acreana.

Demanda
E aí o fator político deve falar mais alto. A presidente precisa de números positivos para apresentar. Com vantagens logísticas e de consumo maiores, as outras ZPE’s cumprem mais rápido a demanda presidencial.

Momento
O problema maior foi que o Governo do Acre, em um esforço que consumiu energia da gestão de três governadores, terminou a lição de casa da ZPE em um momento ruim da indústria brasileira. Vale o paradoxo: “Tudo pronto. Nada feito”.

Fechando o cerco I
Receita Federal toma medidas para resolver um problema que já dura 18 anos: a artimanha contábil que empresas da Capital usam para se beneficiar das anistias fiscais da Área de Livre Comércio de Brasiléia/Epitaciolândia.

Fechando o cerco II
A delegada da Receita Federal no Acre, a auditora fiscal Tatiana Vieira Pereira Roques, tem dado um tratamento republicano à questão. “A Receita é um órgão que atua dentro do que exige o rigor da lei e é assim que vamos fazer”, alertou.

Pitágoras I
Batizada de Pitágoras, a operação já comunicou as empresas sobre o problema. Cada empresa tem até 30 dias para responder ao comunicado da Receita Federal. Esse problema já rendeu matérias de repercussão nacional e deve continuar a render. A Pitágoras tem todos elementos para desagradar grandes empresários locais.

Pitágoras II
Em entrevista exclusiva ao Acre Economia, a delegada da Receita Federal Tatiana Roques explica os detalhes dessa operação e qual a justificativa republicana para a sua efetivação.

Canudo
Dos 2.232 candidatos das eleições no Acre, apenas 22,31% possuem grau de instrução “superior completo”. A maior parte (33,37%) possui Ensino Médio completo. Os candidatos a vice-prefeitos são os mais escolarizados: 45,20% já se formaram em uma universidade.

Analfabetos
No departamento de estatística do TRE, há dois candidatos que se declararam “analfabetos”, o que é proibido por lei.

Questão de gênero
Os homens ainda são maio-ria entre os candidatos. São 1.602 homens e 732 candidatas. Entre os 73 candidatos a prefeito, apenas 9 são mulheres. Com um destaque: Rio Branco é o município com dois nomes femininos disputando o cargo majoritário.

Sem noção I
Sobre a campanha eleitoral no rádio e tevê, aconteceu o que este periódico já havia alertado: alguns candidatos não têm (ou não querem ter propositalmente) a mínima noção sobre as funções de um prefeito. Os dois debates na televisão demonstraram isso.

Sem noção II
Alguns foram, de fato, para marcar posição. Sem nenhuma chance de vitória, alvejavam a eleição de 2014. Outros não relacionavam uma ideia com outra. E também havia os que faziam pose de mal, estavam na briga, mas também demonstraram inapetência para o cargo. Hoje, a escolha do cidadão mostrará a percepção do eleitor.

Não só
Fica a sugestão do Acre Economia de uma boa votação, como seguinte reforço: valores como Democracia e Cidadania são exercícios construídos o tempo todo. Não apenas na hora do voto.

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