Marque em sua agenda. De 19 a 25 de novembro, Rio Branco será a sede da terceira edição do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira. O evento tem como foco descentralizar a produção e veiculação de filmes na região que integra Brasil, Peru e Bolívia e este ano traz a experiência do debate promovido nas primeiras versões, a diversidade dos temas nas produções visuais e a pluralidade cultural com a integração dos fazeres artísticos nos três países.
E não é só isso. O Pachamama quer ultrapassar os limites sociais levando novamente às periferias da Capital do Acre e às cidades que margeiam a rodovia Interoceânica, o olhar transfronteiriço que integra este pedaço da Amazônia percorrendo os caminhos da integração usando um idioma universal: a imagem cinematográfica. Talvez por isso, a convocatória aberta pelo festival tenha obtido a inscrição de quase 80 filmes de toda a América Latina, dentre os quais os oito longas metragens e 12 curtas que serão exibidos na mostra competitiva festival. Selecionados por curadoria, o júri internacional foi composto por pessoas do Peru, Bolívia e Brasil.
Além desta mostra competitiva, o III Festival Pachamama apresenta as mostras de filmes convidados e a Mirada Latina, com películas representativas de vários países. Ao voltar-se para si mesma, a região que une os três países fortalece não só a economia com a promoção do turismo, de negócios sustentáveis, mas traça o perfil de suas próprias características culturais que poderão ser conferidas já na abertura com o lançamento no Acre do filme Paralelo 10, de Silvio Da Rin. Todo filmado no estado narra trajetória dos índios isolados e tem a participação do antropólogo Terri Aquino e do indigenista José Meirelles. Após a exibição, o tema do filme será discubtido em mesa redonda entre o diretor e convidados.
Na programação está incluído ainda o filme As más intenções (Las malas intenciones), da diretora peruana Rosario García Montero, um dos indicados ao Oscar 2013. Rosario Montero é uma das convidadas do festival e virá a Rio Branco com apoio do Consulado Peruano no Acre. A previsão da organização do evento é que pelo menos 15 mil consumidores de cinema e outras artes tenham acesso à programação do festival.
“A intenção é colocarmos todos juntos em um nesse ambiente cultural. As comunidades, produtores e os fazedores das múltiplas artes para trocar suas práticas”, diz o coordenador do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, Sérgio de Carvalho.
Salas lotadas – O Festival Pachamama surpreendeu ao lotar desde a primeira edição as salas de cinema. Em 2011 teve como mestre de cerimônias o ator brasileiro Matheus Nachtergaele. Este ano, a expectativa é repetir o sucesso de 2011 e ampliar a difusão conquistando novos públicos. Nos bairros, o grupo peruano Nómadas leva telão no qual serão exibidos os filmes do festival. Mais informações sobre o II Festival Pachamama – Cinema de Fronteira podem ser obtidas no endereço www.cinemadefronteira. com.br. (Golby Pullig/Assessoria do evebnto)
