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Alunos de Nutrição da Ufac reclamam da falta de professores e estrutura no curso

Ufac0310Alunos do curso de Nutrição da Universidade Federal do Acre (Ufac) irão entregar um documento na reitoria da instituição, hoje pela manhã. Falta de professores e de estrutura são os itens que podem acarretar na paralisação do curso, que hoje sobrevive apenas pelo esforço dos docentes e acadêmicos.

De acordo com Danila Torres, coordenadora do curso, o Ministério da Educação (MEC) está prestes a fazer uma visita na instituição. “O curso de nutrição já tem 3 anos. Ele começou com 4 professores. Destes, 2 já foram embora. Após conseguimos contratar mais 2, voltamos ao mesmo número. A carga horária de Nutrição exige, até o final do curso, que tenham 15 professores. Estamos caminhando para o final do curso e com 75% em andamento o MEC faz a primeira visita. O curso pode parar a qualquer momento. Não há condições de continuar. Esse é o problema maior e, aliado a isso, nós temos a falta de estrutura, onde usamos salas do curso de Medicina emprestadas para ter as aulas. Também não temos laboratório, pois as aulas práticas devem ser desenvolvidas em uma mini cozinha para cada grupo de alunos”.

Bárbara Cameli, acadêmica do 6º período do curso, afirmou que os alunos estão tentando de todas as formas continuarem estudando, mesmo com as condições precárias oferecidas. “As aulas práticas acontecem no RU, que não tem estrutura para receber a quantidade de alunos. Depois que organizam tudo é que a gente pode começar as aulas, às 20h. As aulas práticas deveriam acontecer pela manhã, mas como o RU não tem disponibilidade durante o dia, temos que fazer a noite. A Ufac aderiu ao Reuni (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e somos 50 alunos em sala de aula. Até agora não sabemos onde está a verba do plano. Não nos dão uma posição certa. O curso não apresenta condições para formar bons profissionais. Os professores estão cansados de ‘tapar buraco’ e não tem como nos dar assistência em pesquisas, o que seria o diferencial da Ufac”.

Caso as reivindicações não sejam atendidas, os alunos pretendem fazer um grande movimento. “O documento tem todos os anexos que a coordenação disponibilizou de todos os pedidos que foram feitos durante esses anos e que nunca foram atendidos. Fizemos todo um histórico desde a inauguração do curso, no qual foi afirmado que tinha verba e em 2 anos, no máximo, um bloco seria disponibilizado para os alunos. Temos vontade de estudar. Estamos todos os dias aqui de manhã e a noite. Não é fácil. Como vamos mostrar ao MEC que temos uma estrutura mínima? Se a universidade não nos responder, vamos procurar vias de maior autoridade. Pretendemos fazer um movimento que chame a atenção. Desse jeito não dá para continuar. Vamos dar o prazo de uma semana para a reitora nos dar uma posição de ação e não de promessa”, concluiu Bárbara.

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