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Angelim forma 40 novos educadores ambientais para Rio Branco

O prefeito Raimundo Angelim e a secretária de Meio Ambiente de Rio Branco, Silvia Brilhante, realizaram nesta terça-feira, 2, a entrega de certificados de conclusão de curso a  40 educadores ambientais populares formados através do  projeto  “Recuperação de Matas Ciliares do Igarapé Fundo” iniciado em 2010.
EDUCADORES AMBIENTAIS  6 
O ato foi realizado no auditório da Biblioteca da Floresta e contou com a presença do secretário de Estado da Habitação, Aurélio Cruz, que comanda as obras de urbanização de parte do Igarapé Fundo com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.  Na mesma cerimônia, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) lançou um vídeo-documentário com duração de 14 minutos  sobre o projeto. “Nada será resolvido se não for pela educação ambiental”, disse o prefeito ao ressaltar a importância da ação da Semeia.

O projeto de revitalização do Igarapé Fundo, manancial que corta 24 bairros da capital,  é  financiado pelo Ministério da Justiça.  Os módulos formativos do curso  foram ministrados  das 14h às 18h, na Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal (Eahflor), e o primeiro tema a ser trabalhado foi  Introdução a Educação Ambiental e Mobilização Social, ministrados pelas técnicas da Semeia, Cristina Boaventura e Tânia Façanha  Também contou com a participação da socióloga, técnica da Secretaria de Governo da Prefeitura, Natália Cristina. O primeiro módulo abordou questões ambientais da atualidade como, consumo insustentável, suas causas e conseqüências, levando os educandos a questionarem a realidade e a pensar formas de contribuir para a sustentabilidade ambiental em âmbito local e global. “Foi uma experiência muito gratificante para nós, que adquirimos mais conhecimento sobre meio ambiente”, disse Maria de Fátima, conselheira da regional  4, uma das áreas de abrangência do projeto,  e aluna do curso.

O objetivo principal do curso foi  promover o envolvimento comunitário para contribuir com a recuperação de mata ciliar do igarapé Fundo. Os educadores ambientais atuarão como multiplicadores, levando informações, mobilizando a comunidade e promovendo a educação ambiental nas áreas de abrangência do projeto. O curso principal do igarapé possui cerca de seis quilômetros de extensão, com muitas nascentes e vários pequenos igarapés tributários.  Em alguns bairros, mais de 60%  das casas localizadas em suas margens estão em  áreas de preservação permanente. O igarapé recebe 30% dos esgotos  domiciliares e industrais de Rio Branco, além de grande quantidade de lixo jogado em seu curso e nas margens.

O secretário Aurélio Cruz falou dos investimentos que estão sendo feitos no Igarapé Fundo, inclusive com a remoção de 200 famílias que habitavam as margens do córrego. O trabalho é complexo e foi iniciado no governo de Binho Marques, quando este criou as Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs) e instituiu o Igarapé Fundo no contexto dessa nova política de desenvolvimento humano. As Zonas de Atendimento Prioritário  são um conceito de política pública para levar serviços básicos e estruturantes às comunidades mais carentes do Acre. As ZAPs surgiram a partir do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o mapeamento mais detalhado que o Estado produziu acerca de seu território, população e recursos, naturais ou não.

Zonas de Atendimento Prioritário, na região urbana, estão localizadas em fundos de vale e as rurais estão em terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos tradicionais e assentamentos diferenciados. As ZAPs, segundo o conceito então estabelecido,  apresentam baixa urbanização, assentamento precário com baixo capital social, vulnerabilidade ambiental, elevado número de pessoas vivendo em condições de pobreza e miséria, e com alto índice de pessoas envolvidas em infrações, contravenções e crimes. As ZAPs iniciais foram Conquista, Chico Mendes, Igarapé Fundo, Santa Inês e Palheral, regiões que estão sendo beneficiadas com obras de urbanização (asfaltamento de ruas, calçadas e ciclovias); saneamento básico, recuperação de margens de igarapés e habitação. (Ascom PMRB)

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