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Focos de dengue aumentam silenciosamente

Dengue Com o início do inverno amazônico, a quantidade de chuvas aumenta bastante. Consequentemente, os focos da dengue estão aumentando.  A população de Rio Branco parece ter esquecido de se prevenir e evitar que uma nova epidemia, como de anos anteriores, aconteça.

Os índices apontam um crescimento nas notificações em apenas poucos dias, explicou Luana Almeida, chefe da divisão do controle de endemias da Vigilância Epidemiológica. “A incidência tende aumentar com o volume das águas. Como não é comum mais vermos tantas pessoas adoecendo, a população acha que a dengue não existe mais. Aliado à isso, tem a política, onde as pessoas acabam esquecendo que a dengue pode voltar. A cada semana, os números crescem. Nas últimas semanas, saímos de 46 para 57 notificações. É necessário tomar mais cuidado nesse período. Se aumentar em uma quantidade que a gente não tenha mais controle, a situação irá ficar complicada”.

Em 2011, vários casos da dengue foram registrados. “No último índice feito na capital, o índice de infestação foi de 2,49%. Estamos ainda em uma situação de alerta. O ideal seria abaixo de 1%. Ao final do ano passado, chegamos ao índice 10,4%. Hoje, não chegamos a nem um terço de 2011. Ano passado, foram registradas 27.053 notificações. Em 2012, até agora, foram apresentadas apenas 4.432 notificações. Houve uma grande redução, mas não é por isso que a população deve relaxar. A dengue está aumentando silenciosamente e as pessoas não estão enxergando”, informou Luana.

Estratégias serão realizadas nos bairros com maior incidência, mas é necessário o apoio da população, disse Luana. “Os agentes continuam realizando as visitas de casa em casa. São 140 agentes, 3 equipes de borrifação fazendo o controle químico dessas notificações, equipe de educação e saúde realizando trabalho em todas as escolas.  Em 30 bairros, a Vigilância Epidemiológica irá montar uma ação diferenciada para borrifação e programas preventivos. É importante que a população nos ajude, principalmente nesse momento, que o número de depósitos tende aumentar. Qualquer local pode ser uma fonte de proliferação desse vetor, a ajuda da população é crucial”, concluiu.

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