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Hospital do Câncer comemora o Dia das Crianças com festa especial

Dia-das-criancasHoje, 12 de outubro, é celebrado o Dia das Crianças. Esta data é a mais aguardada pelos ‘pequenos’, que se divertem, passeiam com a família e ganham presentes. Para as crianças que fazem tratamento dia-riamente no Hospital do Câncer, esta data é como outra qualquer. Para mudar esse conceito, os grupos Voluntariado Coração Solidário e o Projeto de Apoio à Criança com Câncer realizaram uma festa ontem, em comemoração ao dia.
Pouco a pouco, sorrisos estampados nos rostos das meninas e meninos surgiam. A felicidade ficou ainda maior com as músicas, brincadeiras, guloseimas e presentes recebidos, tudo fruto de doações de funcionários do Hospital das Clínicas, voluntários e parceiros.

Todos os anos, o hospital e os grupos Voluntariado Coração Solidário e o Projeto de Apoio à Criança com Câncer realizam a festa. De acordo com Mirian Késia, diretora geral do Hospital do Câncer, esse é um momento ideal para comemorar e esquecer os momentos ruins. “Todos os dias celebramos a vida e proporcionamos momentos de alegria às crianças que estão em tratamento e internadas. Elas ficam afastadas da escola e não podem participar de festividades como esta. Toda vez que chamamos os voluntários para realizar eventos como este, eles nos atendem prontamente”.

Hoje, muitas crianças passam pelo tratamento contra o câncer. “O número de pacientes é rotativo, mas em média 300 crianças de todo o Estado estão cadastradas. A idade varia muito. Tem de 2 anos até aqueles que já estão entrando na adolescência. Temos maior incidência de leucemia e tumor cerebral. Apesar disso, as crianças tem mais facilidade de se recuperar. O índice de cura é de 85%”, explicou Mirian.

A filha da dona de casa Rosilene Rodrigues começou o tratamento no hospital em 2007 contra o Sarcoma, que é um tipo de câncer que pode afetar osso, cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo ou de suporte. Hoje, a menina está curada. “É uma alegria ver uma festa como essa. É emocionante ver as pessoas que estão engajadas nessa luta. Isso prova a disposição de poucos. Minha filha está bem hoje, mas eu sempre a trago aqui para participar, pois um dia ela precisou muito deste hospital”.

Ana Luiza tem apenas 5 anos e é paciente do hospital. A garota estava muito feliz com a festa. “Estou gostando e quero ganhar uma boneca de presente”. Alcione Melo, mãe de Ana, afirmou que a menina não tem ideia do câncer. “Ela não sabe que tem um tumor cerebral. Há 8 meses ela passa pelo tratamento de quimioterapia e radioterapia. Achei a festa perfeita. É um grande incentivo e ajuda as crianças a esquecerem, por alguns momentos, que estão dentro de um hospital, se divertindo mesmo em momentos difíceis”.

A paciente Rosiane da Silva, de 12 anos, se divertiu bastante durante a festa. “Estou gostando muito, tá muito legal. Espero ganhar uma bonequinha”. A menina está há 6 meses fazendo tratamento contra a leucemia. Maria Olene, mãe de Rosiane, ficou muito emocionada durante o evento. “Hoje é um dia especial para essas crianças. Deixei meus outros 5 filhos em Xapuri, cidade que eu moro, para tratar a minha filha. Eu confio em Deus e nunca irei perder as esperanças. Eu sei que ele irá curar a minha filha”.

José Bispo, 53 anos, já teve câncer de laringe e hoje está curado. Por passar pela mesma situação que as crianças vivem hoje, ele decidiu virar voluntário. “Venho aqui dar força, fortalecer. Nunca devemos perder as esperanças. A gente vê muita tristeza e sofrimento nesses meninos e meninas tão pequenos. Mas tenho certeza que Deus irá curar todos. Em agradecimento, hoje sou voluntário aqui”.

Maria José, diretora do grupo Voluntariado Coração Solidário, falou da importância de ações realizadas com as crianças. “Trabalhamos não só com as festas, mas com as oficinas durante a semana. É gratificante. Dinheiro nenhum pagaria o nosso prazer de estar com essas crianças. A direção do hospital e os nossos parceiros nos ajudam com as doações. Por falta de mais voluntários, os trabalhos estão reduzidos. O grupo está pequeno e gostaríamos de chamar as pessoas que têm um tempo disponível para realizar esse trabalho conosco. Precisamos muito”.

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