Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Operação Ágata 6 prioriza combate ao crime ambiental nos três últimos dias

AGATA6A Operação Ágata 6, realizada pelo Ministério da Defesa e coordenada pelo Estado Maior das Forças Armadas, vai priorizar o combate aos crimes ambientais nos três últimos dias. “A operação não tem como meta apreender a droga, arma, contrabando ou descaminho”, diferenciou o general de brigada Ubiratan Poty, comandante da 17ª Brigada de Infantaria e Selva. “A operação é uma grande barreira e vamos priorizar o combate aos crimes ambientais nos três últimos dias”, afirmou Poty durante coletiva de imprensa.

Os 7,5 mil militares que participam da operação cobrem uma área de 4,2 mil quilômetros de fronteiras entre Peru e Bolívia que se estende do município de Corumbá (MS) até Mâncio Lima. O apoio logístico à operação é composto por outros 10 mil homens.

A afirmação do comandante Poty de que a operação “não tem como meta apreender a droga” não significa necessariamente que as apreensões não ocorram. Com a referência de que “100 por cento da cocaína consumida no mundo são produzidos no Peru, Bolívia e Colômbia”, a ordem prioritária é combater o narcotráfico.

A ação das Forças Armadas em uma área tão extensa não pode ser permanente. A justificativa se baseia em questões orçamentárias e pela função dada às Forças Armadas pela Constituição Federal. “Seria um custo muito grande e um desvio de destinação das Forças Armadas. Na medida em que ficamos esporadicamente de forma conjunta com o Ministério da Defesa e individualmente com as Operações Curare, nós estamos coibindo a entrada de drogas, armas, contrabando e descaminho”, argumentou o general Poty.

Os representantes do Governo do Estado, comandante da Polícia Militar, Cel. José dos Reis Anastácio, e o secretário de Estado de Segurança Pública, Reni Graebner, afirmaram que existe a possibilidade de criação de uma polícia de fronteira que cobriria de forma “efetiva e permanente” a região.

“No momento, o Estado não tem efetivo suficiente para criar esse efetivo especializado”, explicou o secretário de Segurança. “Na medida que houver novos concursos, nós vamos criar esse grupamento especial”.
Em operações como a Ágata 6, as Forças Armadas passam a ser os satélites móveis do Estado em regiões isoladas. Tudo o que for observado nas regiões de cobertura da operação passa a servir de referência para as ações do poder público.

É o que explica a participação de órgãos como Receita Federal, Agência Nacional de Petróleo e Funai. Contrabando, descaminho, prospecção de petróleo, defesa e proteção de índios isolados são exemplos de áreas de atuação da Operação Ágata.

O Ministério da Defesa já trabalha com a possibilidade de realizar outra grande operação do mesmo nível da Ágata 6 em 2013.

Sair da versão mobile