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Paralisação dos médicos completa uma semana sem negociações

Há uma semana paralisados, os médicos que atendem nos planos e seguros de saúde não conseguiram negociar. Nenhuma sinalização para uma possível conversa foi feita. A categoria quer o aumento no valor das consultas realizadas. Em todo o Brasil, entidades médicas aderiram ao movimento.

De acordo com José Ribamar, presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed/AC), os planos não se manifestaram até o momento. “Até o momento, os planos de saúde estão todos calados. O interessante é que o fato acontece no país inteiro, eles não procuraram nenhum Estado, praticamente, para negociar. Os planos são um lobby forte, os empresá-rios tem uma proximidade com o governo e conseguem a autorização de aumentos, como o recente de 7,93%, que é acima da inflação. Por outro lado, eles não repassam para os médicos”.

O presidente do sindicato afirmou ainda que os usuários dos planos e seguros de saúde estão insatisfeitos. “A prestação de serviços dos convênios está muito ruim, a população está reclamando. Os procons do país estão cheios de reclamações. Estamos aguardando, assim que houver alguma sinalização de negociação, iremos aceitar, é isso que nós queremos. O bom negócio é aquele que ambos ficam satisfeitos”.

Edgard Javier, gerente da Ameron Rio Branco, disse que os prejuízos são grandes com a paralisação. “Nossos médicos estão realizando o atendimento dos pacientes que são mais graves. Além da urgência e emergência, aqueles casos que podem vir a ser estão sendo atendidos. Estamos priorizando certos tipos de atendimento. As demais consultas, situações que podem esperar, estão sendo remarcadas para outras datas. As reivindicações dos médicos é uma coisa justa, sabemos e entendemos isso. Estamos cons-cientes e estamos abertos à negociações com a categoria. A partir de quando o médico não decide fazer o atendimento ou diminui o número, isso traz prejuízos para ambas as partes”.

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