Servidores do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) deliberaram, na tarde de ontem, uma greve por tempo indeterminado. O principal motivo da paralisação é a indefinição sobre a votação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), que motivou a decisão da categoria.
De acordo com Isaac Ronaltti, diretor financeiro do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinspjac), a proposta final do plano foi aceita, mas ainda não foi analisada pela Comissão de Legislação. “Estamos discutindo o PCCR há mais de 2 anos. Já existe um consenso entre a administração e o sindicato, mas o problema que ocorre é que está acontecendo um entrave na votação desse plano. Somos temerários quanto à possibilidade de protelar esse plano para mais uma administração, o que pode fazer com que não entre em vigor, trazendo mais dor de cabeça aos servidores que já estão em uma espera desgastante e na eminência dessa preo-cupação. Estamos começando o movimento”.
Os servidores reconhecem o trabalho da administração, mas aguardam a concretização do plano, disse Isaac. “O problema em si não é com a presidência, mas com a votação dos desembargadores. Em decorrência da demora, houve tempo suficiente, pois colocamos o PCCR dentro do orçamento do Poder Judiciário. Ele está contido, previsto e orçado dentro do projeto plurianual. Entraves econômicos e de orçamento não existem. Hoje, se existir, é um entrave político”.
Durante a greve, alguns serviços serão afetados e apenas o percentual de servidores previsto em lei vai desenvolver algumas atividades. “Queremos deixar claro à população que esse movimento busca a comunidade como parceira. Quem lida com a população somos nós. Questões cíveis, criminais, de valores, interessam a todos. Essa revisão do PCCR vai trazer uma melhoria na qualidade dos serviços do servidor, notadamente revestida no melhor atendimento à comunidade. Vamos manter em torno de 30% dos servidores trabalhando e os atendimentos diretos mais afetados serão os dos fóruns e juizados”, concluiu.