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Simpósio de Saúde Mental reúne profissionais do setor até quarta

O primeiro Simpósio de Saúde Mental do Acre começou com a iniciativa de profissionais da área terapêutica do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), como uma forma de prestar contas e discutir questões internas referentes aos procedimentos aplicados na unidade.
Secom ACREAP081012510
Mas outros profissionais que compõem a rede de atendimento e acolhimento de saúde mental e os que atuam diretamente com usuários de álcool e outras drogas também queriam participar do debate. Na manhã desta segunda-feira, 8, demonstraram que o momento é apropriado para discutir o papel de cada setor e afinar as diferentes linguagens ao abordar o assunto a partir  do tema “A criatividade e as novas formas de acolher a singularidade”.

Durante mesa redonda, realizada durante a abertura, representantes das secretarias de Saúde do estado e município, centros de tratamento e apoio, conselhos de saúde e do hospital de saúde mental destacaram a construção e fortalecimento da rede construída ao longo de mais de 20 anos e formalizada recentemente pela portaria 3088. O momento é de ouvir o que médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, conselheiros de saúde, pacientes e familiares têm a dizer para agregar, e ao mesmo tempo diferenciar, o atendimento aos pacientes de saúde mental e usuários de entorpecentes no Estado.

Para o médico e diretor do Hosmac, José Paulino Rosas, os desafios emergenciais são realizar o projeto de reforma do único hospital especializado do Acre e chegar a um consenso sobre os conceitos do que são as doenças mentais e sobre a assistência especializada no Estado. “O grande inimigo do doente mental é a doença mental”, alerta Paulino Rosas lembrando que atualmente a depressão, considerada uma dessas doenças, é a quarta causa de afastamento do trabalho, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2020 será a segunda causa. “É preciso garantir que as pessoas tenham seus direitos cumpridos e um deles é o acesso ao melhor tratamento de saúde”, completa.

Ações parceiras entre estado e município fizeram avançar em 2012 em direção a alguns desses direitos com a abertura de 18 leitos de saúde mental, também utilizados para tratamento de usuários de álcool e drogas; fortalecimento e luta pela ampliação dos centros de atendimento psicossociais, os Caps; criação dos consultórios de rua (Rio Branco já possui uma unidade) e dos centros POP, destinado a esta população que atualmente não possui tratamento e está nas ruas das cidades. (Golby Pullig/Assessoria Sesacre)

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