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Sindicato denuncia prática de estelionato contra Soldados da Borracha em Cruzeiro

LuzielO presidente do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Soldados da Borracha do Estado do Acre, Luziel Carvalho, denunciou que “duas pessoas” estavam enganando os Soldados da Borracha de Cruzeiro do Sul, prometendo indenizações vultosas me-diante pagamento de taxa de inscrição de R$ 30 e mensalidade de R$ 25 até o recebimento do benefício.

A dupla atua em uma sala sem identificação, instalada ao lado da rodoviária de Cruzeiro do Sul, região central da cidade. As indenizações prometidas são de R$ 900 mil aos seringueiros combatentes e de R$ 560 mil aos herdeiros.

A Polícia Civil e o Ministério Público foram acionados por uma denúncia feita por um filho de um Soldado da Borracha que mora em Mâncio Lima. O contato foi feito com as instituições há mais de 40 dias, mas até agora o inquérito não foi concluído.
“Causou estranheza porque sabemos que essa questão envolvendo o Soldado da Borracha tem avançado, mas não está consolidada ainda”, afirmou o presidente do sindicato Luziel Carvalho.

Para o presidente, “se você leva uma informação de maneira equivocada, você cria expectativa”. Carvalho faz a seguinte orientação aos familiares. “Qualquer pessoa que aparecer oferecendo vantagens para os Soldados da Borracha, é importante procurar o sindicato antes”.

Uma das dificuldades que a Polícia Civil tem encontrado para dar prosseguimento às investigações é justamente encontrar as vítimas. “O problema são as vítimas”, afirma o delegado José Tonini, que cuida do caso. “As vítimas não compareceram para depor. Sem vítima, complica”.

Ontem, o Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Soldados da Borracha do Estado do Acre formalizou denúncia. De acordo com o delegado Tonini, a partir de agora, “tem-se, supostamente, uma vítima”. Tecnicamente, nem se pode garantir que há prática de estelionato.

Inicialmente, a polícia verificou que a dupla usava o timbre do sindicato dos pensionistas e soldados da borracha de Porto Velho. O Ministério Público do Estado do Acre em Cruzeiro do Sul requisitou respostas da Polícia Civil ontem à tarde sobre o problema.

“Todo dia está cheio de gente, lá”, afirma Soldado da Borracha
O Soldado da Borracha que denunciou ao sindicato a ação da dupla em Cruzeiro do Sul não quis se identificar. Ele informou que é grande o número de pessoas que já fez inscrição para receber o benefício. “Todo dia está cheio de gente, lá”, assegurou.
“Eles entregam um papelzinho com os documentos que eles pedem (sic) e os valores de trinta reais para taxa de inscrição e vinte e cinco de mensalidade”, declarou. “Não tem mais nada no papel. Nem um número de telefone, nada. Eu achei estranho”.

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