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Mistério e impunidade: crimes continuam sem solução

Nos últimos 60 dias pelo menos quatro crimes brutais registrados, três em Rio Branco e um desaparecimento miste-rioso, são mistérios para as famílias das vítimas, impunidade para a sociedade e crimes sem solução para a polícia.

Um dos crimes que mais chocou a população de Rio Branco supostamente aconteceu na madrugada do dia 15 de setembro e somente foi descoberto no pe-ríodo da manhã quando um trabalhador para “encurtar” caminho em direção ao serviço entrou em um pequeno ramal de mata baixa, localizado nas imediações da Via Verde, mais precisamente ao lado da Rodoviária Internacional, recém-inaugurada e se deparou com corpo de uma mulher dependurado a um galho, preso a alça de uma mochila que estrangulava a vítima, que tinha dentro da boca um pedaço de pau enfiado na garganta, o corpo seminu demonstrava vestígios de violência sexual.

A vítima foi identificada como sendo uma jovem de 28 anos, de nome Denise Martins, moradora do município de Senador Guiomard, que apresentava problemas mentais.

E que de acordo com informações da família teria saído de casa na tarde do dia 14, em direção a Rio Branco prometendo que até o início da noite retornaria.

Ao lado do corpo documentos pessoais e uma chave de um hotel localizado na região do bairro Cidade Nova, estaria dentro da bolsa da vítima, o que poderia ser a “chave” que levaria a polícia a desvendar o mistério da morte de Denise, mas o que tudo indica não “abriu” nenhuma porta que ajudasse nas investigações.

Investigação aponta cinco suspeitos que ainda não foram ouvidos pela polícia.

As investigações de quem seria o autor da barbárie ficou a cargo do delegado Ilzomar Pontes, da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam), atualmente o delegado Ilzomar goza férias no estado de São Paulo e o inquérito foi transferido para a coordenadora da Deam, delegada Áurea Dene, que assumiu os trabalhos recentemente, pois acaba de chegar de férias.

De concreto sobre o crime a polícia tem somente a crueldade como ele foi cometido e cinco pessoas suspeitas, mas até agora nenhuma foi efetivamente ouvida em depoimento.

Mas, a delegada Áurea garante que as investigações continuam e por ser um crime complexo demanda tempo e paciência para “juntar” as peças do quebra-cabeça na busca de elucidar o mistério da morte.

Criminosos versos impunidade
Imperícia de investigadores, vagarosidade da Justiça ou simplesmente astucia dos criminosos são diversos os fatores que dificultam a identificação e punição dos criminosos.

Famílias de vítimas da criminalidade aguardam anos pelo desfecho de casos, que muitas vezes acabam no esquecimento ou entram para o roll dos crimes insolúveis.

Outro exemplo recente é do crime contra um deficiente mental supostamente ocorrido em outubro do ano passado quando Valdeque Tavares, 32 anos, desapareceu de casa no ramal Bom Jesus, região da Vila Acre na Rodovia AC 40.

Um corpo, um crime bárbaro e nenhuma pista:
Crimes de homicídio sem solução – Outro caso sem respostas: dia 17 de agosto deste ano, o empresário Francisco Damião de Oliveira, 89 anos, é encontrado morto com as mãos e pés amarrados, crânio esmagado a golpes de pau e várias perfurações a faca na região do abdômen e tórax dentro de um prédio localizado na Rua Alvorada, bairro Bosque.

De acordo com os filhos da vítima o pai morava sozinho por opção e apesar da idade era um homem ativo que subia diariamente várias escadas para chegar ao apartamento no andar superior do prédio.

Outro exemplo é o desaparecimento misterioso do pecuarista Ernesto André Silvestre, 56 anos, morador da estrada do Pacífico, Ramal Pão de Açúcar, no município de Brasiléia, distante cerca de 250 quilômetros da Capital acreana e que faz fronteira com a Bolívia.

Ele sumiu no dia 31 de julho deste ano quando saiu da propriedade para ir a cidade comprar vacina para o rebanho e não mais foi visto.

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