Cerca de 80 por cento dos funcionários públicos estaduais têm dívidas com bancos e financeiras por meio dos empréstimos consignados, quando os descontos são feitos diretamente na folha de pagamento. O valor da dívida chega a R$ 560 milhões. Dinheiro que deixa de circular no Estado. Situação que preo-cupa Governo do Estado e a Assembléia Legislativa.
O deputado Luiz Tchê (PDT), iniciou diálogo com o governo no sentido de buscar formas de suspender os pagamentos e renegociar as dívidas. A situação que mais preocupa, é a do Banco Cruzeiro do Sul. Segundo Tchê, dos R$ 700 mil que a Aleac pagou este mês às instituições, R$ 400 foram para o referido banco. “Nós queremos reduzir essa dívida pelo menos em 40 por cento para que os funcionários respirem um pouco”, cita o deputado.
Tchê explica que há várias irregularidades nos contratos com as financeiras, como o comprometimento do salário acima do que determina a lei, que é de 30 por cento e a assinatura de contratos em branco. Tchê diz que para driblar a lei, as financeiras, aumentaram o prazo para as dívidas e diminuíram as parcelas. “O resultado é que tem servidor com dívida de dez anos. Tem gente aqui na Assembléia, que de um contra cheque de R$ 4.000,00, está ficando com dez por cento desse valor. O resto vai para os bancos e financeiras”.
Com relação aos bancos, o que ficou claro, para o deputado, é que muitos servidores, tivera acesso, mas não souberam utilizar da forma correta, o cheque especial, o cartão de crédito e os limites. Ele defende uma suspensão temporária também dos empréstimos consignados junto aos bancos oficiais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco da Amazônia. “Não estamos falando em calote, mas em rever contratos e tentar dar uma forma de alívio para os funcionários. “Vamos reunir o Tribunal de Justiça, Governo do Estado, bancos, Aleac, todos, no sentido de encontrar soluções”.
O governador Tião Viana anunciou que tem interesse em garantir mais dinheiro circulando no Estado e ao mesmo tempo, proporcionar mais qualidade de vida para os funcionários públicos.