A mesma regra utilizada pela TV Gazeta, Rede Record, será utilizada pela TV Acre, Rede Globo: no debate de quinta-feira, nenhum candidato poderá mostrar ou entregar para o mediador, documentos, imagens, vídeos ou áudios para embasar denúncias contra adversários. O debate, que vai começar por volta das 23 horas, logo depois de Gabriela, deve ter uma hora e meia de duração. A mediação será feita pelo jornalista Alberto Gaspar, da Globo paulista. Dos 6 candidatos, somente a professora Peregrina (Psol) não vai participar do debate. Ela terá direito a veiculação de duas matérias na programação de jornalismo da emissora.
Na TV Gazeta – Temas como o mensalão e os programas executados pelo Governo do Estado, como o Ruas do Povo, estiveram na pauta dos candidatos a prefeito da Capital, no debate da TV Gazeta, na segunda-feira à noite. Mas o debate foi morno e sem novidades. O cientista político, Nilsom Euclides, diz que os candidatos perderam a chance de apresentar novas propostas, e ficaram mais focados em questões partidárias.
O candidato Marcus Alexandre foi o mais questionado pelos demais e falou em parcerias com os governos estadual e federal na solução de vários problemas. Bocalom exemplificava tudo que pretendia fazer na Capital, a partir do “modelo Acrelândia”. Antônia Lúcia atacava os adversários mais do que falava em suas propostas. Fernando Melo ensaiou já um possível apoio à Bocalom em eventual segundo turno, e conclamou “vamos Bocalom, vamos acabar com essa corrupção”. A professora Peregrina e Leôncio Castro concordaram que eles são de fato “o novo nessa eleição”.
Mas foi necessário que um internauta fizesse uma das perguntas mais importantes da noite: como resolver o problema das pessoas que vivem em mais de 30 bairros que todo ano sofrem com a alagação? Bocalom falou em doação de lotes urbanizados. Marcus Alexandre citou a Cidade do Povo com mais de dez mil casas. Fernando Melo defende o programa Lar Doce Lar, que daria dinheiro para as pessoas “suspenderem as casas” no período de alagação. Leôncio Castro quer a criação de um abrigo permanente, para onde vão todos os moradores dos bairros alagados, mesmo os que não tenham as casas atingidas pelas águas. “Uma forma de evitar a separação de vizinhos queridos”. Antônia Lúcia afirma que vai trazer uma empresa de fora para solucionar a questão.
Deputados não repercutem debate na Aleac
SANDRA ASSUNÇÃO
Nas rodas de conversas e nas redes sociais, o assunto desta terça-feira era o debate entre os candidatos a prefeito de Rio Branco, rea-lizado pela TV Gazeta na segunda à noite. Mas na Assembleia Legislativa, o assunto não foi repercutido pelos deputados da base governista nem pela oposição, representada somente pelo deputado Gilberto Diniz (PRTB) na primeira sessão da semana na casa.
Na tribuna, o deputado Walter Prado (PEN), só comentou a realização do debate e parabenizou a emissora afiliada da Rede Record. Prado disse que os debates são importantes para que o eleitor forme opinião e escolha o melhor candidato. Os demais deputados sequer citaram o assunto. Os temas abordados variaram entre a BR 364, o Programa Ruas do Povo e outras ações do executivo.
Luiz Tchê (PDT), que chegou no fim da sessão, avaliou que o debate não mostrou novidades e pareceu a repetição dos programas eleitorais gratuitos. Para ele, os candidatos demonstraram cansaço e não acrescentaram nada além do que o eleitor já vê diariamente.
O deputado Ney Amorim (PT) diz que os deputados de oposição ao governo não querem falar no debate, por isso não comparecerem à sessão. Mas Ney não disse por que a base governista não repercutiu o debate. Para ele, o evento foi importante porque temas importantes, como a mobilidade urbana, foi tratada.