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Estudo sobre aquíferos é realizado em Rio Branco

SaerbGeólogos da empresa Hidroambiente Amazônia estão em Rio Branco realizando um estudo para a exploração do aquífero, localizado na região do Segundo Distrito. Eles irão estudar as espessuras das camadas do lençol freático e verificar quais têm a maior favorabilidade para construir os poços. Resultados positivos foram apresentados nas áreas estudadas.

O geólogo Homero Reis explicou que a água retirada desses poços servirá para o abastecimento da região. “Estamos fazendo um levantamento geofísico utilizando o método em duas técnicas de investigação, que são a sondagem e encaminhamento elétrico. Vamos investigar a profundidade do lençol freático e as espessuras das camadas que contém água no lençol freático. Com isso, podemos identificar as camadas que tem maior potencialidade, favorabilidade de abastecer poços com maiores vasões. Vamos pegar essas camadas mais espessas de areia que possuem água e vamos locar nesses pontos os poços que irão servir para o abastecimento”.

Após receber o tratamento, a água poderá ser utilizada normalmente. “Ao ser captada, a água vai ter uma cloração para evitar qualquer tipo de contaminação. Isso irá dar uma água praticamente potável. É uma coisa simples e eficiente, mas os poços devem ser bem construídos e a questão de saneamento básico da cidade tem que ser investida, para evitar a contaminação das áreas subterrâneas”.

Esse método é aplicado há mais de 100 anos e várias cidades do país são abastecidas por aquíferos. Um detalhamento está sendo realizado nos bairros da região para verificar onde os poços podem ser construídos, informou o geólogo Felipe Montanheiro. “O processo é alimentado por uma bateria, que é conectada em um dos equipamentos que faz a conversão e é injetada a corrente no solo. O outro equipamento faz a leitura da diferença de potencial. A partir disso, é possível encontrar a resitividade aparente do solo, que é a dificuldade com que a corrente dissipa no solo. Se o solo for argiloso, ele vai ter uma resitividade muito alta, ou seja, conseguimos saber que não tem água naquele local. Se a camada foi saturada em água, a corrente dissipa mais fácil no solo e conseguimos identificar essa zona saturada e as áreas melhores para a locação de poços e captação dessa área subterrânea. Anotamos em campo e inserimos esses dados em computar, onde é processado em software e consiguimos encontrar a resitividade real das camadas geológicas”.

Felismar Mesquita, superintendente do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), a região poderá ser totalmente abastecida pelo aquífero. “Esse projeto iniciou com a prefeitura de Rio Branco, onde o Angelim junto com a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) iniciou os estudos do aquífero. Agora nós estamos aprofundando esse estudo no sentido de saber realmente aonde podemos perfurar os poços e ter uma vasão suficiente para abastecermos não só o Segundo Distrito, mas também a Cidade do Povo. Esse estudo está sendo financiado pelo Depasa e Seop. Esperamos concluir em 60 dias. Isso é um plano de manejo do aquífero para que tenhamos a vasão necessária, já que está constatado que ele tem a capacidade de abastecer uma cidade com 800 mil habitantes. Com base nessa informação, estamos identificando os melhores locais para a captação”.

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