Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Perícia ainda não encontrou vestígios de balas na casa do senador Petecão

PetecaoAté o fim da manhã de sábado, a Polícia Técnica ainda não tinha encontrado vestígios de balas que supostamente teriam como alvo o senador Sérgio Petecão (PSD/AC). Na madrugada de sábado, o senador estava no 1º DP prestando depoimento e registrando o boletim de ocorrência.

Sobre a possibilidade de que o episódio tenha algum tipo de conotação política, o senador foi enfático. “Eu não quero crer que a política do Acre chegou a esse nível”, afirmou. “Eu não tenho inimigos. Eu tenho adversários e espero que a política não deixe acontecer isso comigo”. E, abatido, confessou. “Eu estou com medo”.

Na delegacia, chagaram, por volta da meia-noite o candidato à prefeito de Rio Branco pelo PSDB, Tião Bocalom e o candidato derrotado pelo PMDB, Fernando Melo. O deputado estadual Wherles Rocha (PSDB) também estava no local.

O episódio
O incidente ocorreu na residência do senador Sérgio Petecão, entre 9 e meia e 10 horas da noite de sexta-feira. Quando estava saindo de casa, Petecão voltou para dentro da residência porque a esposa decidiu trocar de roupa.

Nesse momento, uma vizinha viu “uma movimentação estranha” de quatro homens que estavam em um carro modelos Fiesta, cor prata. A mulher estava com uma criança de colo, mas mesmo assim, conseguiu acionar a Polícia Militar.

Nesse momento, começaram os disparos. Petecão não sabe precisar quantos disparos ouviu. “Parecia que estavam jogando piçarra em cima do telhado da minha casa”, lembra o parlamentar. “Um dos projéteis caiu, inclusive, perto do meu pé”. Ele mostra a bala amassada, durante o registro da ocorrência.

Relatório
A Polícia Técnica acompanha todo o episódio desde as primeiras horas de ontem. Um relatório dos estudos de balísticas e das câmeras das residências próximas deve ser apresentado nesta segunda ou terça-feira.
Pedido de segurança.

O senador Sérgio Petecão disse que já fez pedido ao comando da Polícia Militar para que tivesse segurança da instituição, na condição de senador da República. “Eu já fiz um pedido uma vez e eles não me deram”, assegura Petecão. “Amanhã [sábado], eu vou informar a presidência do Senado o que ocorreu e pedir segurança”.

O parlamentar alega que fez o pedido de segurança baseado na seguinte situação. “Eu vejo eles [parlamentares que têm apoio do governo] andarem com segurança… eles têm direito à segurança e eu não posso ter esse direito também? Eu sou senador igual a eles. Porque só eles podem ter e eu não?”, questionou.

O comando da Polícia Militar do Acre alega que o senador nunca formalizou o pedido de segurança à instituição.

A segurança do Senado já esteve aqui no Acre acionada por um pedido do senador Petecão que alegou não ter ambiente satisfatoriamente seguro para trabalhar em suas bases eleitorais. “Eu nunca pensei que a situação pudesse chegar a esse nível”.

Sair da versão mobile