O atual desenho político acreano pode ter mudanças, antes ou depois da diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos no dia sete de outubro. A Frente Popular pode perder a prefeitura de Sena Madureira e ganhar a de Rodrigues Alves. E em Sena Madureira, ainda pode haver eleições suplementares. O presidente do Tribunal Regio-nal Eleitoral, Pedro Ranzi, afirmou que nessas duas cidades e até em Rio Branco, o atual quadro ainda não é definitivo.
Em Sena Madureira, as eleições suplementares podem acontecer porque o prefeito eleito e o segundo candidato mais bem votado, podem não assumir. O prefeito eleito Mano Rufino (PR), que teve a candidatura cassada, só pôde concorrer graças a uma liminar, mas a ação principal, ainda vai ser julgada pelo colegiado do Tribunal Regional Eleitoral. Ainda não há data definida para o julgamento, que pode acontecer essa semana. O segundo colocado de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB), também teve pedido de cassação de candidatura pelo Ministério Público e aguarda decisão do TRE. Os dois candidatos são acusados de fazer comício em evento promovido pela Secretaria de Saúde de Sena Madureira em seringal da região.
Em Rodrigues Alves, o prefeito eleito, Dêda (PP), considerado Ficha Suja, teve a candidatura indeferida pelo TRE e aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Na semana passada, o TRE determinou que os votos obtidos por Dêda fossem retirados da listagem oficial do Tribunal, e no lugar, fossem expostos, os votos do segundo candidato mais votado em Rodrigues Alves, o atual prefeito Burica (PT). Ranzi lembra que a presidente do TSE, Carmem Lúcia, já afirmou que os Fichas Sujas, não vão assumir e podem nem ser diplomados. A ministra explicou que candidatos que já tiveram decisão desfavoráveis de juízes de primeiro grau e dos Tribunais Regionais, não devem esperar decisão diferente no TSE.
Com relação à Câmara Municipal de Rio Branco, na semana passada, a Justiça Eleitoral, retotalizou os votos da Capital, e declarou que a vaga de vereador, pertencia à Clézio Moreira e não mais à Donald Fernandes (ambos do PSDB). Clézio é acusado de fazer doação irregular em campanha de 2006 do irmão dele. De acordo com Pedro Ranzi, Donald, poderá ter a vaga de volta, caso o Tribunal Superior Eleitoral, se pronuncie contrário ao pedido de registro de candidatura de Clézio. “Essa decisão não tem efeito suspensivo e Donald pode voltar, porque há uma ação contra o Clézio no TSE”.