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A casa tá caindo

Não se fala mais de outro “bafão” na pacata Rio Branco. A Operação Delivery, realizada em conjunto pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, surgiu como um tsunami e está levando à prisão os envolvidos em uma rede de exploração sexual que se formou no Estado.

Garotas entre 14 e 17 anos participavam do esquema. Sete aliciadores agenciavam os encontros. Os serviços sexuais eram encomendados por telefone e as cobranças dos programas, por garota, variavam de R$ 50,00 a R$ 800,00. Na ocasião, a operação foi batizada de Delivery em referência ao serviço de entrega de produtos em domicílio.

Dois grandes pecuaristas do Estado foram presos na última sexta-feira, sob suspeita de serem clientes da rede. Segundo as investigações, as menores eram levadas para as fazendas dos acusados para a prática de orgias.

Cá entre nós, o que tem de homem com medo de ser preso não está escrito. Um está até foragido. Os nomes que estão na boca do povo são de pessoas conhecidas: empresá-rios, médicos… Só pessoas da high society. Mas, como diz o povo, quem tem dinheiro neste país não fica preso por muito tempo e as pessoas esquecem as coisas com muita facilidade. Tem até pedófilo entre a classe alta e não acontece nada, não é verdade?

Sinceramente, caro leitor, isso não me surpreende. Não é de hoje que garotas, a maioria de classe média, fazem programas. Não é novidade. Em busca de um dinheiro “fácil”, belas jovens preferem ganhar em um dia o que normalmente um trabalhador consegue ganhar em um mês.

Ao ver a reportagem na Tv na sexta-feira, da prisão dos pecuaristas, uma tia minha comentou: “Só agora que o fulano foi preso? Desde quando eu era jovem ele fazia essas coisas… Já ouvi muita coisa sobre isso. Ele dava tudo o que elas pediam. Quem frequenta restaurantes e bares via isso direto”.  

Eis então a dúvida: por que somente agora a “casa caiu”, se a rede estaria atuando há 14 anos no Estado? Por quais motivos algo não foi feito antes? Bom, isso eu não sei. Vou aguardar os próximos capítulos dessa operação, ver muita gente “caindo” e observar qual direcionamento será feito para que essas pessoas não voltem a praticar esse crime e se realmente elas irão ficar presas. O que me resta é acompanhar.

E-mail: evelydias@gmail.com

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