Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Acre tem alta de 10% no seu índice de desmatamento entre 2011 para 2012

 No período em que a região da Amazônia Legal registrou o seu menor volume histórico desde 1988 de florestas desmatadas – 4.656 quilômetros quadrados (Km²), ou seja, uma queda de 27% -, o Acre, um dos estados que geralmente contribui para as baixas, apresentou um leve aumento de 10% no seu índice de desmatamento. As selvas acreanas perderam 308 Km² para a ação dos desmates num intervalo de tempo de 12 meses, entre agosto de 2011 até julho deste ano. No mesmo período de 2010 para 2011, o Acre tinha sofrido em apenas 277 Km² (31 Km² a menos).

 Dos 9 estados da Amazônia Legal, só o Acre e mais 2 estados tiveram altas em desmatamento, no intervalo em questão. Eles foram Tocantins (que subiu 33%, passando de 35,3 Km² para 53 Km² neste ano) e Amazonas (que subiu 29%, passando de 458,65 Km² para 646 Km² em 2012).

 Apesar do crescimento na taxa de desmatamento, o Acre ainda tem uma participação pequena no índice regional de desmatamento. Com efeito, dos 4.656 Km² que o desmatamento consumiu das florestas da Amazônia entre agosto do ano passado até o mês de julho deste ano, o Acre só foi responsável por 6,61%. Ficaram a sua frente com maiores percentuais o Pará (com 36,49%, ou 1.699 Km² desmatados); Mato Grosso (16,69%, ou 777 Km² desmatados); Rondônia (16,35%, ou 761 Km² desmatados), e o Amazonas (13,87%, ou 646 Km² desmatados).

 Todo os dados foram divulgados na manhã de terça-feira, 27, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Eles são referentes ao Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Vale destacar que estes índices se tratam de estimativas aproximadas dos satélites, que são capazes de detectar regiões desmatadas a partir de 6,25 hectares. Logo, a margem de erro deles é de até 10%.

 De acordo com a ministra Izabella Teixeira, sem dúvida esta queda de 27% que houve em toda a região da Amazônia Legal é resultante de um trabalho intenso de muito mais fiscalizações que houveram no período computado. Só de infrações, o Ibama auferiu 3.456 autos de infração na região, entre agosto a julho deste ano. Ela acredita que esta baixa geral de 27% deve ser ainda mais relevante no próximo, e que foi uma grande vitória para o Brasil. Inclusive, ela foi até mais além. “Arrisco a dizer que foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve nesse ano”.
   

 

Sair da versão mobile