O conselheiro Wellington Cabral Saraiva, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), participará na sexta-feira, 23, a partir das 15 horas, de uma audiência no Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC). Ele irá atuar como mediador na discussão entre o Pleno do TJ e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinspjac) sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores.
Os servidores do judiciário estão há 50 dias em greve. O principal motivo são as modificações introduzidas no texto do PCCR que será enviado para votação na Assembleia Legislativa do Estado.
De acordo com Queffren Licurgo, diretor administrativo do Sinspjac, a paralisação será mantida até o dia da audiência. “Uma assembléia foi realizada na segunda-feira com a categoria, onde foi decidido em manter a greve até a sexta-feira. Estamos esperançosos com a vinda do CNJ. Montamos uma comissão para poder discutir na audiência e tentar fazer um acordo com o TJ, através da mediação do conselho. Assim que terminar a audiência com o CNJ, iremos realizar uma assembléia. Vamos nos reunir no prédio sede para poder decidir se vamos ou não suspender a greve”.
Várias tentativas de negociação foram realizadas, mas nenhuma obteve sucesso. “Tentamos nesse período negociar, estávamos dispostos a abrir mão de alguns pontos do PCCR feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e não do que foi aprovado pelo pleno administrativo. Continuamos tentando aprovar o plano que foi feito em parceria do sindicato com a consultoria da FGV”, disse o diretor.
Com a greve, vários serviços deixaram de ser realizados, prejudicando parte da população. “Todos os serviços foram afetados, apenas 30% dos servidores estão trabalhando. Eles não conseguem, por mais que queiram fazer todos os serviços. Com a paralisação dos oficiais de justiça, as audiências estão prejudicadas. Tem um bombeiro fazendo o serviço, mas ele não intima, ele apenas faz a notificação”, concluiu Queffren.