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Constantes quedas de energia contribuem para a falta d’água nos bairros da Capital

 Moradores de alguns bairros da cidade entraram em contato com a reportagem de A GAZETA para denunciar a falta de água. Em alguns locais, há mais de 4 dias não cai uma gota d’água nas casas. A única opção para quem precisa do líquido é comprar de carros pipas.

 De acordo com Felismar Mesquita, diretor do  Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), a água não está sendo distribuída normalmente por conta das quedas de energia elétrica. “O problema da falta de água não é nosso. É da Eletrobras/AC. O nosso sistema é bombeado e não se liga o interruptor e ele volta. Toda vez que a energia é interrompida, principalmente na Estação de Tratamento de Água (ETA), é levado cerca de 4 horas para funcionar novamente. As constantes quedas de energia têm atrasado significativamente o nosso abastecimento. Não é falta de água e nem problema das bombas”.

 Sem energia, o sistema não funciona e acaba ocasionando o atraso na distribuição. “Não temos o que fazer. Precisamos aguardar. Enquanto acontecer as quedas de energia, o problema irá persistir. No domingo, passamos 12 horas sem distribuir água pra cidade. Passamos 2h30 sem energia e para colocar o sistema em operação passamos mais 4 horas. Até o reservatório encher, aconteceu essa demora. Não é um problema do sistema. É um problema externo que precisamos contornar. O problema do Estado não é o fornecimento de energia. Ela chega o suficiente. A deficiência está na distribuição. Os equipamentos não suportam mais a quantidade de consumo que tem. A rede fica sobrecarregada e isso nos preocupa”, explicou o diretor.

 Os geradores poderiam ser um instrumento para que a queda de energia não afetasse a distribuição, mas Felismar afirmou que o custo para mantê-los iria ser muito alto.
“Não podemos ter geradores por conta do custo do óleo diesel para abastecê-los. Se fossemos manter esse custo, ele teria que ser repassado nas contas de água e iria onerá-las bastante. Não é viável socialmente e financeiramente, porque o custo com a produção da água iria aumentar. Em Rio Branco temos 12 reservatórios. Seria necessário 1 gerador para todos. Só na ETA, precisaria de 1 gerador na captação, na estação e no reservatório que distribui para a cidade, além dos outros reservatórios. Onde tiver bomba, tem de ter um gerador. Tenho 118 equipamentos operando em Rio Branco, então eu teria que ter no mínimo 30 geradores”.

 

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