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Correios esperam voluntários para adotar carta do Papai Noel

 Após 9 dias recebendo cartas, a campanha Papai Noel dos Correios entra em uma nova fase. A partir de agora, o órgão está à espera de voluntários que possam adotar uma correspondência e realizar o desejo de uma criança. O projeto foi criado em 1997 por conta da grande quantidade de cartas que chegavam aos Correios, destinadas ao grande símbolo da magia do Natal, o Papai Noel.

 De acordo com Tatiane Castro, coordenadora da campanha, muitas cartas foram enviadas. “O lançamento oficial da campanha aconteceu no dia 20 de novembro. Recebemos as cartinhas da comunidade até o dia 29. Cerca de 300 cartas chegaram até nós. Também recebemos das escolas escolhidas. Neste ano escolhemos as que são mais próximas da zona rural, que são a Escola Benfica, no Ramal do Benfica, Escola Dona Mozinha, no Ramal da Judia, e uma escola do Quinari, cerca de 700 cartas”.

 O órgão está à espera dos padrinhos para realizar o pedido destas crianças. “Estamos esperando os padrinhos até o dia 13 de dezembro e os presentes recebemos até o dia 14. Quem quiser doar é só se dirigir ao edifício sede do Correios. Qualquer pessoa pode ser padrinho. Vem aqui, escolhe a carta e deixa o presente conosco”, disse a coordenadora.

 Os pedidos são variados, afirmou Tatiane. “Fazemos triagens das cartas. Algumas não conseguimos identificar o presente, outras as crianças ultrapassam a idade (até 10 anos). Ano passado entregamos cerca de 700 presentes. Além dos presentes normais que são pedidos (carrinho de controle remoto, boneca, bicicleta), muitas crianças pedem cesta básica, roupa e material escolar”.
A dona de casa Maria Joana da Conceição, moradora do bairro Triângulo Novo, foi aos Correios entregar a carta do neto, de 9 anos. Um dos pedidos do garoto é um sacolão. “Há muitos dias ele pedia para eu vir deixar a carta, mas estava sem tempo. Ele quer uma bicicleta e um sacolão para a mãe dele. A mãe dele é deficiente física, não pode trabalhar. Vivemos apenas com a aposentadoria que ela recebe e do Bolsa Família. Somos 7 pessoas. É muita gente. Não posso trabalhar porque eu cuido da minha filha. Espero que ele ganhe. Seria uma grande felicidade”.

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