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Desenvolvimento com a participação de todos

O Governo do Estado, a empresa Hevéa e a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta), se uniram e transformaram a Fábrica de Pisos de Xapuri em o Complexo Industrial Florestal de Xapuri, com capacidade de fabricar diversos produtos derivados de madeira como: portas, janelas, batentes, dormentes. Sem deixar de produzir o que já vinha sendo feito anteriormente, que eram os pisos e o beneficiamento de madeira.
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Com um capital de giro avaliado em quase R$ 2 milhões e mais de R$ 1 milhão investidos na compra de novos equipamentos, o Complexo de Xapuri tem capacidade de processar aproximadamente 100 mil m³ de madeira por ano, gerando mais de 200 empregos diretos e cerca de 500 indiretos.

A matéria-prima utilizada pelo Complexo é totalmente manejada, proveniente da Reserva Extrativista Chico Mendes, da Floresta Pública Estadual do Antimary e Planos de Manejos Privados.

Com todos esses investimentos a nova administração do Complexo já almeja alcançar mercados internacionais. “Nós estamos trabalhando com madeira totalmente manejada, estamos aqui do lado da transoceânica, ou seja, temos todas as chances de em breve, exportarmos produtos para os mercados internacionais”, explicou Antonio Roldão, diretor da empresa Hevea, que administra o Complexo Industrial Florestal de Xapuri. 

O Governo do Estado entra no empreendimento por meio da ANAC – Agência de Negócios do Acre, na qual possui 25% das ações. A Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), também tem participação através da viabilização dos Planos de Manejo Comunitários.

Atualmente, mais de 600 famílias em todo o estado estão sendo beneficiadas com Planos de Manejo em suas áreas. “Agora, são mais de 600, mas pretendemos ampliar para mais famílias. Isso, além de gerar emprego e renda para quem mora na floresta, garante o abastecimento para diversas empresas do estado, que necessitam da madeira como matéria-prima para trabalhar, como é o caso do nosso Complexo Florestal de Xapuri ”, garantiu o secretario da Sedens, Edvaldo Magalhães.

O Complexo Industrial Florestal de Xapuri começou a operar há cerca de dois meses, “ainda estamos na fase de arrumação”, comenta Moreira, diretor de produção, mas já desdobra e bitola cerca de 90 m³ de madeira por dia e emprega diretamente mais de 70 funcionários. A indústria está fechando o mês com uma folha de pagamento de R$ 109 mil.

E esses números ainda irão aumentar, porque nos próximos dias o setor de beneficiamento voltará a funcionar, e o número de funcionários sairá de 70 para 250. “Só para mulheres nós teremos 50 vagas”, garante Moreira.

Com a  fábrica funcionando a todo vapor terá capacidade de beneficiar 100 mil metros cúbicos de madeira ao ano, produto que já tem destino certo, para os mercados do Sul e Sudeste do Brasil.

O Complexo Industrial Florestal de Xapuri é o que podemos chamar de um empreendimento autossustentável. Tudo que é produzido é vendido, e tudo que é gerado de resíduos é consumido por uma caldeira, que gera a energia para mantê-la funcionando.

“Madeira com defeito, madeira branca, pequenas peças, tudo isso é vendido. É barato, mas dar dinheiro” garante Moreira, que toca a fábrica em dois turnos e futuramente abrirá uma terceira turma.

“Ver essa indústria funcionando é de “encher os olhos”. Estamos vendo de perto a concretização de um sonho de todos nós acreanos, que é ter essa indústria funcionando, industrializando nossos produtos e gerando emprego e renda para nossa gente”, comentou Magalhães. (Jaqueline Teles/Assessora Sedens)

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