Um aumento na conta de luz está previsto para o final deste mês. A presidente Dilma Rousseff havia anunciado uma redução a partir de 2013. Mas, por conta dos contratos atuais com as distribuidoras de energia, haverá uma revisão anual das tarifas. Para evitar que isso aconteça, uma comissão liderada pela radialista Eliane Sinhasique está levando o caso à bancada federal.
Ao ler a coluna semanal da presidenta, Eliane verificou que, com este aumento, as tarifas após receberem a redução em 2013 ficarão no mesmo valor. “Na coluna ‘Conversa com a Presidenta’, uma leitora fala que viu uma reportagem em que o valor da conta de luz iria diminuir em janeiro, mas viu outra notícia em que a conta ficaria mais cara. Dilma explicou que no começo de 2013 a conta ficará até 16,2% mais barata nas residências.
Entretanto, as medidas anunciadas não alteram os contratos atuais que preveem revisão de tarifa. Ou seja, é um engodo, se permite que aumente agora para depois baixar. É um duro golpe contra todo mundo que acreditou, já que vai ficar a mesma coisa”.
A comissão tentará impedir o reajuste. “Todo dia 30 de novembro de cada ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa os pedidos de aumento de tarifa para o Acre, Rondônia e Amapá. A nossa ideia é nos antecipar para que quando chegar janeiro, época em que haverá a redução, se não impedirmos que aconteça esse reajuste agora não vai adiantar. Não podemos permitir que isso aconteça. Ninguém vai sentir uma redução real no bolso. Vamos passar dezembro e janeiro pagando uma luz mais cara, para depois voltar praticamente ao preço que estamos pagando agora”, explicou Eliane.
Documentos já foram encaminhados à Aneel e ao Ministério de Minas e Energia, disse a líder da comissão. “Mobilizei toda a bancada federal. Inclusive, o deputado Márcio Bittar preparou um ofício e encaminhou ao diretor geral da Aneel e ao ministro Edison Lobão, solicitando que seja negado o reajuste tarifário solicitado pela Eletroacre. Estamos mobilizando também a bancada de Rondônia e do Amapá. Seria importante que todos os deputados tentem impedir. Hoje, o Acre cobra a alíquota de 17,25%, o que torna a energia elétrica uma das mais caras do Brasil, principalmente por conta da forma de cálculo, na qual o imposto compõe a própria base do cálculo. A renda per capita do nosso Estado é muito baixa, além dos prejuízos que a empresa causa para toda a comunidade, principalmente para os pequenos empreendedores, que perdem vários produtos com os constantes apagões”.
Além disso, Eliane escreveu uma carta à Dilma e irá aguardar uma audiência. “Estamos na luta para que eles se sensibilizem. Fiz uma carta de desabafo para a presidente da República e termino dizendo para ela o seguinte: ‘com a divisão dos roaylites do pré-sal, será possível que o Governo Federal também barganhe uma redução do ICMS na conta da luz com os estados’. Além disso, a bancada já pediu uma audiência no Ministério das Minas e Energia e na Aneel para tratar desse assunto. Estamos lutando com a questão da energia desde 2009 e queremos barrar qualquer tipo de aumento”, concluiu.